“O Crescimento populacional, combate a doenças tais como o HIV Sida e malária, planos de urbanização e erradicação do analfabetismo, bem como o melhoramento da urbanização e expansão da zona de Balucuene, constituem os principais marcos da gestão municipal da vila da Manhiça, Província de Maputo”.
A opinião é da administradora do distrito, Maria Fernanda Moçambique, que falava ontem na vila sede daquela autarquia da Província de Maputo, por ocasião do 66º aniversário de elevação à categoria de distrito.
A administradora fala da necessidade de se buscar mecanismos de resiliência, os quais são uma grande responsabilidade não só de vila da Manhiça mas também de todo o distrito, sobretudo da sua elevação a município.
“Podemos considerar que ainda somos jovens, mas ainda há muito por fazer. Temos que melhorar ainda mais, apesar de reconheceremos haver muitos esforços por parte do edil em áreas como vias de acesso, acesso ao transporte, atribuição de DUAT’s (Direitos de Uso e Aproveitamento de Terra), construção da nova sede da autarquia, já na sua conclusiva entre outras realizações”, enfatizou.
Desafios
A administradora do distrito da Manhiça deixa como desafio a questão de se garantir transporte para a população, sobretudo os trabalhadores, nos horários compreendido entre as 10 e 15 horas. “Por exemplo, há zonas que fazem a migração pendular de Maputo para Manhiça, não só por questões de residência, mas por trabalho e vice-versa”.
Neste contexto, Maria Fernanda Moçambique, revela que já existem negociações junto aos Caminhos de Ferro de Moçambique, CFM, EP, de modo a ver reforçada a carreira em questão, o que se tornara extremamente importante para a arrecadação de receitas e ajudará na mobilidade do distrito.
Açucareira da Maragra
Num momento em que se avança que mais de metade de 1800 trabalhadores efectivos da Açucareira da Maragra, poderão ser despedidos proximamente, devido à reestruturação da mão-de-obra e a um eventual encerramento na sequência da danificação de equipamentos e perdas de cana-de-açúcar, devidos as cheias, a governante fez saber que embora seja difícil, o processo de redimensionamento da mão-de-obra e da realocação tendo em conta as inundações, não vai ser permanente.
Sossegou a massa laboral afirmando que este tipo de negociação, dependerá muito da recuperação e reestruturação da própria empresa, num período de menos que um ano.
“É difícil prever a recuperação vão adquirir cana, semente em Eswatini e Africa do Sul. A Maragra tem tudo para se reerguer e ressuscitará mais cedo. Estamos a trabalhar para a atribuição de linhas de crédito bonificadas para a produção de culturas de ciclo curto para a produção de comida”, disse.
Deu como exemplo o recurso ao cultivo de feijões e hortícolas, com uma boa gestão dos recursos e a água para que nos próximos anos Manhiça não sofra do mesmo problema.
“A cana semente somente não vai resolver o problema da fome. Temos que apostar em diques e no Regadio de Ribángua. Temos capacidade para produzir feijões e hortícolas e trabalhamos com a associação dos produtores”, finalizou a governante.
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