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Adolescente de 16 anos desaparece em Maputo e é encontrada na África do Sul após ser enganada por vizinha
Durante a viagem, a vizinha abandonou a adolescente na fronteira de Komatipoort, alegando que seu “coração não aceitava” continuar. A jovem foi então entregue à irmã da vizinha na África do Sul. Sem passaporte, a adolescente cruzou a fronteira ilegalmente por áreas montanhosas.

Uma adolescente de 16 anos desapareceu em Maputo durante as manifestações e foi encontrada dois meses depois na África do Sul. A jovem foi enganada por uma vizinha com falsas promessas de emprego, sendo levada para servir como escrava sexual.
A adolescente desapareceu de casa sem se despedir, iludida pela vizinha com a promessa de um emprego digno para ajudar seus pais. Contudo, ao chegar ao destino, foi forçada a se prostituir com homens mais velhos em troca de bens. A vítima relata ter sofrido maus tratos por se recusar a fazer “trocas” sexuais.
Durante a viagem, a vizinha abandonou a adolescente na fronteira de Komatipoort, alegando que seu “coração não aceitava” continuar. A jovem foi então entregue à irmã da vizinha na África do Sul. Sem passaporte, a adolescente cruzou a fronteira ilegalmente por áreas montanhosas.

O desaparecimento da filha causou grande sofrimento à mãe, que temeu o pior, chegando a procurar pelo corpo da filha em locais como Benfica e bairro Patrice Lumumba. A mãe, que já tem outros quatro filhos, desenvolveu depressão e passou a viver à base de medicamentos.
Na África do Sul, a adolescente foi usada sexualmente como escrava por homens mais velhos, em benefício de quem a aliciou com a promessa de emprego. A família acredita que a vizinha faz parte de uma quadrilha perigosa, pois a irmã mais nova da vítima já havia passado por situação semelhante.
Após conseguir contactar a mãe, a adolescente pediu dinheiro para voltar para casa. A mãe, desesperada, moveu “montanhas” para conseguir o valor, pedindo ajuda até de desconhecidos. Quase dois meses e pouco depois do desaparecimento, a jovem conseguiu regressar ao convívio familiar.
A adolescente, que havia abandonado a escola na 10ª classe, promete dedicar-se aos estudos e alerta outras jovens para que não se deixem enganar.