Connect with us

Destaque

África do Sul vira "manchete" internacional por Xenofobia e Racismo

Published

on

Polémica envolvendo concorrente do (Miss) África do Sul gera reacções de organizações e figuras públicas

Organização Sonke Condena Violência de Género Xenofóbica e Facilitada pela Tecnologia Contra Chidimma Onwe Adetshina, Concorrente do (Miss) África do Sul.

Chidimma Adetshina tem sido atacada desde que foi aceita no Top 30 do Miss África do Sul. Imagem: @Chichi_vanessa/Instagram
Chidimma Adetshina tem sido atacada desde que foi aceita no Top 30 do Miss África do Sul. Imagem: @Chichi_vanessa/Instagram

A organização não governamental sul-africana Sonke Gender Justice, conhecida por defender os direitos das mulheres e combater a violência de género (VBG), emitiu um comunicado condenando o assédio e o bullying online direccionados à finalista do (Miss) África do Sul, Chidimma Onwe Adetshina. A concorrente, que avançou para o Top 30 do concurso, tem enfrentado críticas nas redes sociais devido à sua elegibilidade, com detractores questionando a sua identidade sul-africana, uma vez que, apesar de ter nascido na África do Sul, o seu pai é nigeriano.

Na sua declaração, a Sonke afirma que “condena veementemente a Violência de Género Facilitada pela Tecnologia (TFGBV), incluindo o bullying e o assédio direccionados a Chidimma Onwe Adetshina”. A organização também criticou as declarações do Ministro dos Desportos, Artes e Cultura, Gayton McKenzie, que, ao responder a um comentário numa rede social sobre a participação de Adetshina, sugeriu que nigerianos não deveriam competir num concurso sul-africano. “Como funcionário público, Gayton McKenzie deveria ter exercido o seu poder de forma responsável, defendendo as leis deste país e protegendo os seus cidadãos”, afirmou a Sonke.

Advertisement

Pearl Thusi Defende Chidimma Adetshina e Critica Discriminação

A actriz e DJ sul-africana Pearl Thusi também se manifestou em defesa de Chidimma Adetshina. Num vídeo que circula nas redes sociais, Pearl criticou os ataques raciais e xenofóbicos dirigidos à concorrente, ressaltando que Adetshina nasceu e foi criada na África do Sul, e que, portanto, é sul-africana. Ela apontou que se Adetshina fosse branca e tivesse uma ascendência mista europeia, a sua participação no concurso talvez não gerasse o mesmo nível de controvérsia.

“Se ela fosse uma garota branca e fosse metade francesa, metade outra coisa, vocês talvez nunca tivessem notado. Mas como o nome dela é o que é agora, é um grande problema. Temos pessoas nas nossas equipas de críquete, no nosso parlamento e em diferentes sectores cujos pais não são sul-africanos, mas que nasceram aqui. E essa garota tem que sofrer porque ela é negra, é mulher e está num concurso?”, questionou Pearl Thusi, destacando a hipocrisia e o racismo presentes nas críticas.

Advertisement

Jornal moçambicano que inova na maneira de informar.

Continue Reading
Advertisement