Insólito
O Tribunal Judicial de Inhambane anunciou uma sentença impactante nesta Quarta-feira, condenando Jacinto Vilanculo, agente económico do Posto Administrativo de Mapinhane, em Vilankulo, a 28 anos de prisão. O réu foi considerado culpado por envolvimento no chocante caso de rapto, assassinato, extracção e tráfico de órgãos humanos que abalou a região.
De acordo com informações obtidas pela estação pública nacional, as vítimas, três pessoas residentes em Mapinhane, distrito de Vilankulo, foram brutalmente afectadas pelos actos do réu. Além da condenação à prisão, Jacinto Vilanculo foi ordenado a pagar uma indemnização de cerca de 950 mil meticais aos familiares das vítimas assassinadas.
Outro réu no caso, Manuel Mungue, também enfrentou a mão firme da justiça, recebendo uma pena de 27 anos de prisão e sendo obrigado a indemnizar as famílias das vítimas com 450 mil meticais. O tribunal não poupou na decisão, confiscando bens, incluindo as viaturas usadas na execução dos crimes, em favor do Estado.
O impacto dessa sentença vai além das grades, ecoando nas vidas das comunidades afectadas. Um familiar de uma das vítimas expressou alívio, destacando que, embora a pena não traga os entes queridos de volta, serve como uma lição sobre a confiança no dia-a-dia.
Contudo, nem todos concordam com a decisão do tribunal. O advogado de Jacinto Vilanculo, Grácio Abdula, manifestou descontentamento, alegando falhas graves na investigação e prometendo recorrer da sentença.
“Não houve justiça. É vergonhoso que um crime hediondo como este vá a julgamento com graves falhas de investigação. O SERNIC não trabalhou como deveria. Temos muitos elementos para recorrer desta sentença”, afirmou o Dr. Grácio Abdula.
Essa sentença não apenas coloca Jacinto Vilanculo e Manuel Mungue atrás das grades, mas também levanta questões sobre a qualidade da investigação e a busca incansável por justiça em casos tão impactantes. A comunidade de Mapinhane agora espera que essa decisão sirva como um marco na busca por segurança e confiança nas instituições judiciais.
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