A organização internacional Holandesa ( HIVOS), em parceria com Associação Moçambicana para o Desenvolvimento da Família (AMODEFA), vai premiar sexta-feira (22), pela promoção de boas práticas, organizações não governamentais que trabalham nas áreas de saúde sexual e reprodutiva das mulheres jovens que vivem com HIV, pessoa com deficiência, minorias sexuais e deslocados internos.
A informação foi avançada esta segunda feira, no âmbito da Conferência Global de Ligação e Aprendizagem que decorre na capital moçambicana e junta representantes de 70 programas e respectivos países da África, do Médio Oriente e da América do Sul, ministérios da Saúde, Acção Social, Assuntos de Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos e outras entidades nacionais.
De acordo com Assistente de Direcção para Área de Monitoria e Avaliação na AMODEFA, Marcelo Kantu, Moçambique tem leis, compromissos, políticas, estratégias locais e regionais inclusivas em matéria de direitos sexuais de saúde reprodutiva, a título de exemplo da Lei de Prevenção e Combate às Uniões Prematuras), Lei de Aborto Seguro, Lei de Trabalho entre outros dispositivos legais que resultam de um quadro favorável, mercê do compromisso do governo e sociedade civil em relação aos direitos de saúde sexual e reprodutiva.
“O país incrementou a sua coordenação na resposta ao HIV e viu a inclusão das pessoas transexuais na Estratégia Nacional de Combate ao HIV/SIDA, além do acesso ao tratamento hormonal para pessoas transexuais e a existência dos serviços de amigos de adolescentes e jovens”, explicou.
Kantu apontou entre vários desafios persistentes a inexistência de provedores de saúde com capacidade de atender pessoas com diferentes tipos de deficiência, o despreparo do sector público, provedores de saúde, agentes da polícia, juízes e outros prestadores de serviços em lidar com a exclusão e a discriminação sofrida pelos detentores de direitos “.
A representante do Ministério da Saúde, Maria Dava, revelou que a conferência/festival global de lições e aprendizagem vai fortificar as acções para o bem da saúde do grupo alvo.
Estão aqui vários países, com várias experiências, nós estamos abertos para acolher e fortificar as nossas acções, toda experiência é bem-vinda para o Ministério da Saúde, disse Maria Dava”.
Por seu turno, Nyambura Gattumb, gestora global dos programas do projecto We Lead, referiu que a conferência global irá reforçar a conexão no seio dos intervenientes e do governo de Moçambique.
“Estamos aqui juntos para aprender com os outros, para podermos avançar com várias experiências na área de saúde sexual e reprodutiva”, disse a fonte.
Refira-se que a conferência termina na próxima sexta-feira, prevendo-se que os participantes efectuem uma visita à várias organizações não governamentais que operam na cidade de Maputo e província de Cabo Delgado, região norte do país.
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