O ex-Presidente Joaquim Chissano destacou a importância de manter a paz em Moçambique, especialmente em momentos como o actual, marcado por manifestações da oposição em resposta aos resultados das eleições autárquicas. Chissano salientou ser crucial cultivar um ambiente pacífico para evitar o retorno à guerra em meio a uma crise eleitoral. Ele fez essas observações durante a reunião anual da AISEC, uma organização juvenil global focada no desenvolvimento de liderança.
Ao ser questionado sobre o potencial de conflito armado devido à contestação dos resultados eleitorais pela principal força da oposição, Chissano enfatizou a importância da gestão adequada de conflitos e defendeu o diálogo e a solidariedade como ferramentas essenciais para prevenir a violência. Ele também incentivou a promoção de uma cultura de paz entre os jovens, destacando o diálogo como uma maneira fundamental de manter a estabilidade.
Chissano reconheceu o direito dos jovens de se manifestarem, mas ressaltou a necessidade de respeitar a lei e evitar o recurso à violência. Ele enfatizou a importância de criar oportunidades para os jovens capitalizarem seu potencial, desafiando-os a serem criativos e inovadores em direcção a um futuro autodeterminado.
As ruas de várias cidades moçambicanas têm sido palco de manifestações contínuas da oposição em resposta aos resultados das eleições autárquicas. A RENAMO, principal partido da oposição, contestou os resultados, alegando irregularidades e reclamando vitória em algumas das maiores cidades do país. Esses eventos têm sido objecto de forte crítica por parte da oposição, sociedade civil e organizações não-governamentais.
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