Muitos deslocados de aldeias afectadas também chegaram à região em busca de refúgio. Em Macomia há uma grave falta de acesso humanitário devido à insegurança, o que significa que milhares de pessoas têm estado escondidas no mato ou reunidas em povoações informais, sozinhas e sem serviços de saúde, água potável e outras necessidades básicas de vida disponíveis. Em outras palavras, o nível de assistência humanitária que chega à população no distrito de Macomia não corresponde de todo às necessidades básicas da população”.
A equipa da MSF está confiante em seguir se desafiando no que tange ao apoio humanitário em Macomia, pois a segurança melhorou o suficiente para permitir regressem.
“Estamos a expandir as actividades. A nossa estratégia agora é aumentar os serviços que estamos a prestar, concentrando-nos em duas instalações de saúde, actividades de água e saneamento, bem como uma clínica móvel que possa chegar às pessoas mais vulneráveis. Isto é necessário não só para evitar um desastre humanitário, mas também para levar humanidade e esperança a milhares de pessoas que lutam para sobreviver em meio a uma crise esquecida”.
A MSF trabalha em Moçambique há mais de 30 anos, dando resposta a emergências médicas e humanitárias em todo o país, incluindo a TB/HIV, desnutrição, malária, cólera, desastres naturais, COVID-19 e pessoas deslocadas das suas casas por conflitos.
Na província de Cabo Delgado, as equipas MSF também realizam projectos em Metuge, Macomia e Palma, dando resposta a emergências e ajudando a colmatar lacunas existentes nos cuidados de saúde, tanto para a população anfitriã como para o crescente número de pessoas deslocadas, trabalhando frequentemente com as autoridades de saúde e outras entidades parceiras.
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