DONALD TRUMP com mais 10 dias no poder como presidente dos EUA, veio a público recentemente condenar a decisão da rede social Twitter de suspender permanentemente a sua conta e disse estar a estudar a criação de uma plataforma própria para difundir mensagens sem filtros.
“Calaram a mim e a vós, os 75 milhões de grandes patriotas que votaram em mim”, declarou Donald Trump, na sexta-feira, numa mensagem na conta oficial da Presidência dos Estados Unidos no Twitter (@POTUS).
Trump recorreu à conta da Presidência dos Estados Unidos depois que o Twitter ter suspendeu a conta pessoal (@realDonaldTRump) permanentemente na sexta-feira, dois dias após o ataque ao Capitólio pelos apoiantes do republicano, devido ao risco “de um novo incitamento à violência”.
Previ que isto iria acontecer”, denunciou o presidente, anunciando estar a “estudar a possibilidade” de criar uma “plataforma própria”.
“Não nos calarão”, garantiu Trump, que divulgou mais de 55 mil mensagens ao longo de mais de 11 anos e que contava com 89 milhões de seguidores no Twitter.
Ricardo Simões Ferreira, lançando sua análise, aponta que Se as redes sociais “fizeram” Trump, também o podem “desfazer”
Ferreira diz que é fácil apontar o dedo às redes sociais no ataque de quarta-feira ao Capitólio por apoiantes de Trump — um acto tão vil que está mesmo a ser apelidado por uma parte dos media americanos como uma tentativa de golpe de estado por ter visado impedir a confirmação da eleição de Joe Biden.
Afinal, ainda que o incitamento à invasão tenha sido inicialmente feito por Trump num comício presencial, à antiga, o ainda presidente dos EUA prosseguiu as críticas ao seu vice no Twitter, o que só aumentou a ira dos insurrectos, demorou cerca de quatro horas para apelar a que estes fossem para casa — aliás, só o fez depois de se saber que uma pessoa tinha morrido — e na realidade, durante os tumultos, nunca verdadeiramente censurou os manifestantes.
Pelo contrário. Trump não resiste a ser adulado.
A capa da revista The Economist, lançada esta quinta-feira, sintetiza na perfeição o que está por trás dos acontecimentos em Washington na quarta-feira. É o legado da presidência Donald Trump.
Um legado que, é por demais conhecido, floresceu nas redes sociais. Não apenas nos tweets do presidente cessante, mas também no facto de estas plataformas serem o espaço principal para as teorias da conspiração como o qAnon — o suposto plano secreto dos liberais para tirar Trump do poder, que até mete gente a beber sangue e tudo.
Facto é que, tal como já muitos comentadores disseram, as pessoas que invadiram o Capitólio acreditam mesmo que os seus direitos foram usurpados. Estão piamente convencidas de que houve fraude eleitoral e acham que têm de lutar, como podem, pela democracia recorrendo à força.
Afinal, a pessoa em quem acreditam e que admiram – Trump – disse-lhes isso mesmo repetidas vezes. E no seu partido muitos outros repetem-no ou não o desmentem.
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