Autárquicas 2023: Comiche não conseguiu votos para a recandidatura

Razaque Manhique poderá ser a aposta da FRELIMO para a capital do país

Eneas Comiche que regressou ao comando dos destinos da capital moçambicana com esperança de reorganizar, perdeu mais uma vez a chance de mostrar o que a sua engenhosa e maestria na economia valem, ao se mostrar um gestor falhado, seja viciada pela Covid- ou por negligência e sabotagem dos seus subordinados que o queriam ver nesta posição em que se encontra hoje.

O Jornal Visão Moçambique, constatou o excesso de zelo na arrecadação de receitas que culminou com o aumento do custo de vida na capital do país e gerado desconforto de todos. Mesmo considerando, estes aspectos, a caída de Comiche segundo análise do Centro de Integridade Pública no seu Boletim Sobre o Processo Político em Moçambique 107 de 28 de Junho de 2023, o cabeça-de-lista da Frelimo sairá entre Domingas de Sousa, actual vereadora do distrito Municipal Ka-Maxaquene; Edgar Muchanga, antigo presidente da Assembleia Municipal e funcionário reformado do município de Maputo e Razaque Manhique, actual primeiro secretário da cidade.

O CIP faz também alusão ao município da Matola, o maior e talvez o mais importante do país fora da cidade de Maputo, onde foram estranhamente apurados apenas dois concorrentes: Calisto Cossa, actual edil, e Beatriz Nhaulau, antiga vice-presidente da Assembleia Municipal.

O Centro de Integridade Pública, cogita que a ausência de candidatos pode ter três significados:

a) que Calisto Cossa está a ter aceitação ao nível da Frelimo para ser cabeça-de-lista;

b) que ele conseguiu influenciar a linha dura da Frelimo para que “eliminassem” os potenciais candidatos poderosos que pudessem ensombrar a sua segunda recandidatura; e

c) que ele conseguiu preservar os interesses da elite radical e de topo da Frelimo na Matola.