Sociedade
AUTOMOBILISTAS BLOQUEIAM VIAS NA MACHAVA EM PROTESTO CONTRA ESTRADAS DEGRADADAS
Transportadores semi-colectivos bloqueiam vias na Machava em protesto contra estradas degradadas. UIR intervém e é acusada de ameaças. Saiba mais.

Matola, Moçambique – Um grupo de transportadores semi-colectivos bloqueou, na manhã desta segunda-feira, as vias de acesso na zona da Machava, município da Matola, em protesto contra a degradação da estrada que liga Machava Socimol a Matola Gare. A acção resultou em forte intervenção da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), que tentou dispersar os manifestantes, tendo sido acusada de ameaçar furar pneus das viaturas.
Congestionamento e tensão entre automobilistas e polícia
A paralisação dos transportadores resultou num congestionamento severo ao longo da via, com várias viaturas perfiladas e sem possibilidade de circulação. No local, registaram-se momentos de tensão entre os automobilistas e os agentes da UIR, que tentavam reabrir a estrada. A presença policial foi contestada pelos manifestantes, que alegam que a acção das forças de segurança foi repressiva.
“Estamos aqui para exigir melhores condições. Não temos como continuar a trabalhar nestas estradas degradadas. Mas, em vez de nos ouvirem, a polícia ameaça furar os pneus das nossas viaturas”, afirmou um dos transportadores presentes no protesto.
Reivindicações e promessas de novas paralisações
Os manifestantes exigem uma resposta urgente das autoridades sobre a reabilitação da estrada, salientando que a degradação da via compromete a segurança dos passageiros e a integridade mecânica das viaturas.
“A estrada está em péssimas condições. Nós é que sofremos. Estamos a perder dinheiro, a estragar os nossos carros. Enquanto isso não for resolvido, vamos bloquear a via quantas vezes forem necessárias”, declarou outro transportador.
Apesar da intervenção da UIR, que conseguiu desbloquear parcialmente a via, os transportadores afirmam que voltarão a bloquear a estrada caso não haja uma solução para o problema.
Impacto na mobilidade e reacção popular
A paralisação dos transportadores afectou significativamente os passageiros, que foram forçados a caminhar longas distâncias devido à ausência de transporte público.
A situação gerou indignação entre os utentes da via, que, apesar de compreenderem a razão do protesto, lamentam o impacto causado. “É complicado, mas também entendemos a dor dos transportadores. Esta estrada precisa de ser arranjada”, comentou um residente local.
Até ao momento, não houve pronunciamento oficial das autoridades municipais sobre possíveis intervenções na estrada em questão.