Maria Benvinda Delfina Levi, recentemente nomeada Primeira-Ministra de Moçambique, possui uma trajectória profissional marcada por dedicação e competência em diversos cargos no sistema judiciário e na administração pública do país. A sua nomeação reflete o reconhecimento pelo seu compromisso com a justiça e a boa governança em Moçambique.
Formação e Início de Carreira
Benvinda Levi iniciou a sua carreira como juíza, destacando-se no Tribunal Judicial da Cidade de Maputo. Posteriormente, assumiu a presidência deste tribunal, demonstrando liderança e compromisso com a justiça. Em Julho de 2006, foi nomeada directora do Centro de Formação Jurídica e Judiciária (CFJJ), instituição responsável pela formação de magistrados, oficiais de justiça e outros profissionais do sector. Durante a sua gestão, o CFJJ formou mais de duzentos novos magistrados, contribuindo significativamente para o fortalecimento do sistema judiciário moçambicano.
Ministra da Justiça
Em 11 de Março de 2008, Benvinda Levi foi nomeada Ministra da Justiça pelo então Presidente Armando Guebuza, sucedendo à Esperança Machavela. Durante o seu mandato, implementou reformas significativas no sector, incluindo campanhas massivas de registo de menores, que resultaram na inscrição gratuita de milhões de crianças e adultos, fortalecendo a cidadania e os direitos civis no país. Além disso, instou os juristas moçambicanos a elevarem o seu desempenho, visando uma justiça mais eficiente e acessível para todos os cidadãos.
Conselheira do Presidente da República
Em 28 de Janeiro de 2015, o Presidente Filipe Nyusi nomeou Benvinda Levi como sua Conselheira, cargo que ocupou até à sua recente nomeação como Primeira-Ministra. Nesta função, continuou a influenciar positivamente as políticas públicas e a promoção da justiça em Moçambique, demonstrando uma visão estratégica e um compromisso inabalável com o desenvolvimento do país.
Compromisso com os Direitos Humanos
Benvinda Levi tem sido uma defensora activa dos direitos humanos. Em 2011, durante uma reunião do Conselho dos Direitos Humanos em Genebra, refutou alegações de execuções extrajudiciais em Moçambique, reafirmando o compromisso do país com a justiça e a legalidade. A sua postura firme e transparente fortaleceu a imagem de Moçambique no cenário internacional, evidenciando um compromisso sério com os direitos humanos e o estado de direito.
Nomeação como Primeira-Ministra
A nomeação de Benvinda Levi como Primeira-Ministra de Moçambique é vista como um reconhecimento de sua vasta experiência e dedicação ao serviço público. Espera-se que a sua liderança traga avanços significativos nas áreas de justiça, administração pública e desenvolvimento socioeconómico do país. A sua trajectória exemplar e o compromisso com a transparência e a eficiência na gestão pública fazem de Benvinda Levi uma escolha acertada para liderar o governo moçambicano nesta nova fase.
Com uma carreira marcada por integridade e eficiência, Benvinda Levi está preparada para enfrentar os desafios do novo cargo, contribuindo para o progresso e bem-estar da nação moçambicana.
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