A Primeira-Dama da República de Moçambique, Gueta Selemane Chapo, anunciou, esta Sexta-feira, a atribuição de 140 novas bolsas de estudo.
A iniciativa foi revelada em Dubai, durante a VII Edição da Iniciativa das Primeiras-Damas. Na ocasião, foi assinado um memorando de entendimento com a Fundação Merck, representada pela sua CEO, Rasha Kelej.
O principal objectivo da parceria é reforçar a formação médica especializada. Além disso, pretende-se apoiar a educação de raparigas em situação de vulnerabilidade social.
Educação e Inclusão
O pacote inclui 100 bolsas para profissionais de saúde, entre médicas, médicos, enfermeiras e enfermeiros. As restantes 40 bolsas serão atribuídas a raparigas oriundas de comunidades desfavorecidas.
O foco está em promover a continuidade escolar nas primeiras etapas da vida académica. Esta acção, segundo a Primeira-Dama, reforça o compromisso com o futuro das meninas moçambicanas.

“Nós defendemos que as meninas devem estudar. Casando cedo, prejudicam o seu futuro, da sua família, da comunidade e do país”, afirmou Gueta Chapo.
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reflete essa visão de transformação educativa e social.
Cooperação Multissectorial
O acordo assinado estabelece uma estrutura de cooperação abrangente. Além da formação médica, abarca actividades de consciencialização nas áreas de saúde e educação.
Entre as acções previstas estão:
- Formação médica especializada;
- Apoio escolar a jovens carenciadas;
- Capacitação de jornalistas em saúde e temas sociais;
- Campanhas comunitárias usando arte, moda, música e cinema.
Por conseguinte, esta colaboração pretende alcançar múltiplos sectores com impacto directo na vida das comunidades.
Transparência e Integridade
A Primeira-Dama garantiu que o processo de selecção será transparente. A implementação será coordenada com o Ministério da Saúde, que definirá prioridades e critérios técnicos.

“Seremos implacáveis. Não permitiremos corrupção neste processo”, destacou Gueta Chapo.
O Ministério, segundo explicou, conhece as necessidades reais do sistema de saúde. Por isso, terá um papel crucial na distribuição das bolsas.
Distribuição Territorial Inclusiva
A distribuição será feita de forma abrangente e inclusiva. A meta é garantir a participação de candidatas e candidatos oriundos de todos os distritos do país.
“Queremos médicas e enfermeiros de todo o país. Que venham dos distritos. Do Zumbo ao Índico. Sem exclusão”, reforçou a Primeira-Dama.
Tolerância Zero à Corrupção
A dirigente do Gabinete da Primeira-Dama foi firme ao declarar que nenhum pagamento será permitido.
“Se descobrirmos que alguém pagou, ou foi cobrado, será automaticamente excluído. Vamos substituí-lo por alguém que precisa e que não pagou nada”, garantiu.
“Nós não pagámos nada para receber estas bolsas. Por isso, devemos entregá-las de graça.”
A CEO da Fundação Merck comprometeu-se a renovar o apoio anualmente, sinalizando uma colaboração de longo prazo com Moçambique.