Brasileiros debutantes em filmes vão competir em Cannes
Mesmo quem nunca havia considerado tornar-se um cineasta, teve sua chance nessas últimas semanas em Nova Iorque. Aconteceu do fim de outubro até a semana passada, o Primeiro Festival Brasileiro de Cinema amador que levará os vencedores para Cannes.
O Diretor de cinema Húngaro-Americano Karl Bardosh é apaixonado pelo Brasil. Já fez um filme na nossa pátria amada e este ano, resolveu implementar em Nova Iorque o primeiro Festival Brasileiro de Curta Metragens Gravados em Celular.
A modalidade de cinema já compete em diversos festivais internacionais por toda a Europa e Ásia. O Diretor Bardosh —que é professor veterano na renomada universidade NYU e implementador do programa pelo mundo—ensina como captar as imagens com nível “cinematográfico” e, de uma forma poética ou dramática, contar sua história.
O festival inédito incluiu também um treinamento, para que pessoas sem experiência cinematográfica, mas com uma ótima idéia pudessem transformar suas histórias e filmes.
Durante o workshop, os candidatos aprenderam técnicas e criaram um mini-filme de 3 a 5 minutos de duração. Embora sejam literalmente curtos, para serem aprovados pelo júri internacional, os filmes deveriam ter a capacidade de contar uma história dramática, divertida, ou de alguma forma, impactante.
Com o advento das redes sociais, e principalmente do Instagram, que nos força a criar reels interessantes de apenas um minuto e meio, a tarefa de produzir tal curta-metragem não parecia tão difícil, e nossos conterrâneos não deixaram a desejar. A exibição virtual para o voto popular atraiu mais de sete mil pessoas, e teve quase dois mil votos. A diretora campeã na escolha do público foi Vera Santana, Presidente da GAFFA USA, Inc— uma fundação de apoio às famílias de autistas. O júri oficial, formado em sua maioria por cineastas, editores, documentaristas e
profissionais de áreas criativas— escolheu os três melhores filmes para representar o Brasil no Festival Du Marche em Cannes.
O terceiro lugar foi para Angelita de Paula, Presidente da Fraternidade Sem Fronteiras USA, com o filme “Mães no Campo,” que belamente retrata uma de suas missões ajudando mulheres na África. O segundo foi para Cláudia de Lima, empresária, pelo filme “Verdades Fatais.” Na obra, a diretora relatou a história pessoal de sua adoção, por um ângulo inusitado, questionando as justificáveis mentiras. E a grande vencedora foi a chef Gislaine Murgia, pelo filme “A Vida em Azul.” Uma história emocionante e inspiradora de como a diretora usou o vício em comida como
escape, e como venceu a obesidade de risco através da psicologia do autoconhecimento e do amor próprio.
Quão sensacional é esta oportunidade? Há planos para o festival acontecer também no Brasil em 2025. Tem uma ótima história? Clique AQUI para aprender mais e ser notificado do próximo festival.
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