Política
Chapo abre Ano Operacional Militar 2025 com foco no combate ao terrorismo
Coordenador do Gabinete de Reformas e Projectos Estratégicos, João Osvaldo Machatine, manteve hoje com uma delegação da União Europeia encabeçada por Rita Laranjinha, Directora-Geral para a África do Serviço Europeu de Acção Externa. Corresponde ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da União Europeia.

O Presidente da República, Daniel Chapo, deu início hoje ao Ano Operacional Militar 2025 com um discurso que destacou a prontidão das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM). A cerimónia, que teve lugar em Mocuba, distrito da província central da Zambézia, foi um momento de reconhecimento pelos esforços contínuos das FADM na defesa da soberania nacional, especialmente no combate ao terrorismo que afecta o Norte do país.
“As nossas Forças estão prontas para, no ano operacional 2025, cumprirem com zelo a sua nobre missão de defesa da nossa independência nacional”, afirmou o Presidente.
Chapo aproveitou a oportunidade para saudar as lideranças da Defesa Nacional e as Forças Armadas, agradecendo pelo trabalho desenvolvido pelo ministro da Defesa Nacional e pelo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas. “Queremos saudar as Forças Armadas de Defesa de Moçambique, afectas em todas as sub-unidades, pela prontidão que têm mostrado na defesa da nossa pátria do Rovuma ao Maputo”, disse, reconhecendo os esforços de todos os militares envolvidos.
O Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS) delineou uma série de acções planeadas para o presente ano, com foco na melhoria da doutrina, no treino operacional, na prática de exercícios com ‘fogo real’ e no aperfeiçoamento da ética e deontologia militar. Também sublinhou a importância da preparação física e psicológica dos militares para garantir que as FADM permaneçam em alerta e prontas para enfrentar os desafios de segurança internos e externos.
Em relação à segurança nacional, Chapo destacou a ameaça do terrorismo, especialmente em Cabo Delgado, onde as FADM têm desempenhado um papel crucial. O Presidente fez questão de reconhecer o trabalho das FADM e dos parceiros internacionais, como as forças da SAMIM e do Ruanda, pela garantia da segurança nas vilas e distritos da região.
“Ninguém pode contestar os esforços das FADM que, com valentia, têm assegurado a segurança 24 horas por dia”, afirmou.
Além do terrorismo, o Presidente da república mencionou o impacto das manifestações ilegais em várias partes do país. De acordo com Chapo, tais manifestações, que começaram com protestos eleitorais e evoluíram para questões económicas, têm gerado instabilidade. A este respeito, orientou as FADM a responderem com firmeza, mas dentro dos limites legais, garantindo a segurança das populações e o funcionamento das instituições.
“A nossa resposta deve ser firme, mas sempre dentro da legalidade”, afirmou.
Chapo também apelou para uma maior colaboração entre as FADM e a sociedade civil, enfatizando que a unidade nacional é essencial para enfrentar as ameaças actuais. Outrossim, exaltou o trabalho humanitário das Forças Armadas, destacando a instalação de um hospital de campanha em Mocuba para atender a população durante o lançamento do Ano Operacional Militar.
“O povo deve ver o militar moçambicano como o seu verdadeiro protector”, afirmou o Presidente, ressaltando o vínculo entre as FADM e a população.
Em termos de modernização, o estadista anunciou diversas iniciativas para melhorar a capacidade das Forças Armadas, incluindo o reequipamento das unidades militares com novos meios de mobilidade, vigilância e contra-mobilidade. Destacou a importância do uso das tecnologias de informação e ressaltou a necessidade de melhorar as condições de trabalho dos militares, como alojamento, uniforme e assistência médica. Ao finalizar, o Presidente da República reafirmou o compromisso do governo em garantir a defesa da integridade territorial de Moçambique e a segurança dos cidadãos. O governante lembrou o sacrifício feito para conquistar a independência e garantiu que as FADM continuarão a trabalhar com o mesmo espírito de unidade e determinação para vencer as ameaças actuais.