- Bulasse apontado como Ngungunhane na escolha de candidatos;
Está instalado um ambiente de contestação no comité distrital do partido Frelimo que acusam o primeiro secretário da Frelimo da localidade Sede, António Bulasse, de estar a mover uma campanha de imposição aos secretários dos bairros, e membros de comité da zona, a não receber muito menos apoiar alguns camaradas que pretendem submeter a pré-candidaturas à cabeça-de-lista para o cargo daquela vila autárquica, recentemente elevada àquele estatuto pelo Conselho de Ministros.
A contestação acontece numa altura em que o chefe da brigada central de assistência à província de Maputo, Fernando Faustino lançou um aviso, instando os camaradas a denunciarem os infiltrados, indisciplinados, intriguistas, confusionistas, fofoqueiros, lambe-botas, que tem como objetivos de enfraquecer as ideologias daquele partido.
Contudo, o apelo lançado pelo chefe da brigada está sendo pontapeado pelo primeiro secretário do comité da localidade sede cujo apetite é alcançar o cargo de presidente da Assembleia Municipal em caso de vingar a lista do candidato que pretende.
Dados em nosso poder indicam que o processo de entrega das candidaturas aos pré-candidatos a cabeça-de-lista para aquela nova autarquia vem sendo manchado por várias irregularidades.
Fontes anónimas explicam que no último final de semana, vários candidatos nomeadamente, Shafee Sidat, actual administrador do distrito, Francisco Mabjaia, antigo primeiro secretário do partido Frelimo na Cidade, José de Sousa, empresário ligado a construção civil, João das Neves, empresário na área de turismo e imobiliário, Carlos Jeque, economista e residente naquela vila autárquica, viram suas candidaturas recusadas porque o primeiro secretário da localidade sede assim o determinou sem nenhum fundamento plausível, o que levou aos pré-candidatos a denunciar ao nível superior através de um abaixo-assinado endereçado ao órgão máximo daquele partido.
Só foi desta forma que os pré-candidatos viram suas candidaturas aceites pelo comité distrital de Marracuene.
António Bulasse é apontado também como sendo o mentor dessa confusão, dado que tem estado a coagir aos membros do partido para não escolher livremente os seus pré-candidatos à Cabeça de lista por via da imposição, pontapeando os estatutos daquele partido cinquentenário.
Em exclusivo, o jornal Visão Moçambique teve acesso a uma conversa gravada que descreve como é engendrado o plano para a sabotagem dos pré-candidatos não alinhados ao primeiro secretário do comité da zona sede da Frelimo.
“Não podemos apoiar as candidaturas de alguns camaradas. Sei que há camaradas que pedem apoio, dai que não podem apoiar ninguém sem qualquer orientação superior. Digam que estamos a espera de ordem superior para o efeito”, ouve-se no áudio, que acrescenta ainda que o actual administrador tem estado a criar problemas e que não é elegível para o próximo quinquénio, determinou mesmo não exemplificando os aludidos problemas.
António Bulasse avisa ainda aos seus supostos correligionários, que é preciso dar um novo rumo à vila de Marracuene, dado que aquela autarquia ao ser entregue a indivíduos estranhos, o povo poderá viver um martírio por mais de cinco anos.
“Não se pode confiar naquela raça. Ao ser eleito poderá nomear pessoas da cor dele e nos que somos naturais daqui, não teremos emprego” ouve-se no áudio.
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