O presidente do Movimento Democrático de Moçambique, MDM, Lutero Simango deixa um recado para os elementos que compõem a CNE e o STAE, acautelando que o povo moçambicano âjá abriu o olho e não vai tolerar manobras tendentes matar a democraciaâ.
Simango admite que caso isso aconteça, o MDM ameaça arrancar o poder à força e as consequências não serão apenas do seu partido, mas de todos os moçambicanos.
Segundo o presidente do MDM, o paÃs está a caminhar no abismo devido à gestão duvidosa perpetuada por um âgrupinhoâ que diz estar a representar o povo na Comissão Nacional de Eleições, CNE, e Secretariado Técnico de Administração Eleitoral, STAE.
âTemos problemas. Temos problemas nos campos económicos, social e nos últimos dias a situação polÃtica está difÃcil. O paÃs não está bem. Tem que se reencontrar para cultivar a longa caminhadaâ, afirmou.
Simango diz que Moçambique transformou se num paÃs de problemas, onde a má gestão e a corrupção se fazem sentir no estado, estando a colocar a vida e a gestão em decadência.
âà preciso se reinventar. O estado deve guiar-se de valores e princÃpios, e, também, com a moral, porque trata se de um estado desorientado. Como paÃs, Moçambique não está bemâ, lamenta.
Concreto e directo sobre o processo eleitoral ora em curso, Simango recua para o recenseamento eleitoral, afirmando que em todas as autarquias ou municÃpios onde a oposição tem influência os órgãos eleitorais tinham poucos postos para o recenseamento.
âOs cidadãos foram impedidos de recensear. Isto deveu-se a uma estratégia planificada, havia bichas, o tempo de espera era muito longo, o cartão de eleitor não era dado no mesmo dia, e registavam-se avarias constantes dos mobilesâ.
Lutero Simango adiciona que a par destas manobras como as classificou, vários elementos da direcção do STAE contribuÃram para esta manipulação, impedindo os cidadãos de se inscrever, dando exemplo da cidade da Beira, onde segundo as suas constatações, o director do STAE engendrou um esquema nas redes sociais para perturbar o processo.
âFiquei muito chocado e Intrigado com a emissão de deliberações de obrigatoriedade de voto para quem portasse o cartão de eleitor, tinha direito a voto, apesar de não ter recenseado. Afinal recenseou-se para-quê. Há cadernos para-quê. Não era para garantir eleições. Tudo isto contribuiu para a manipulaçãoâ, revelou o presidente do terceiro Partido, mais votado em Moçambique.
E mais, inconsolável, o presidente do Partido do Movimento Democrático de Moçambique fala de enchimento de urnas através da introdução de boletins de voto, expulsão de delegados de candidatura, quando a FRELIMO se apercebeu da derrota eminente.
âNão foi justo, livre nem transparente. A CNE mostrou a sua fraqueza, incapacidade de gerir este processo. A CNE não tem controlo sobre o STAE. O STAE agiu sem obedecer à s ordens da CNEâ, explica acrescentado que na Beira, onde o MDM ganhou com uma margem alta⦠terá havido um roubo de Voto em benefÃcio do partido no poder, a FRELIMO.
Mais adiante, Lutero Simango afirma que a dado momento a Comissão Nacional de Eleições, havia deliberado em suspender o director do STAE da cidade da Beira, mas recuou e o homem continua lá. âHoje ele continua em pé e é a pessoa mais protegida em toda a Sofalaâ.
O entrevistado assume que de acordo com os factos arrolados, muitos moçambicanos saem a rua e reivindicam justiça nos resultados, ânão estes que foram anunciados pelo CNEâ.
Na actuação do STAE, o polÃtico considera ter havido um autêntico vazio, preenchido por várias irregularidades, comparadas ao mau atendimento nos hospitais, bem como nas instituições onde não há pessoal qualificado.
Os números da Beira
Num outro desenvolvimento, o entrevistado falou das percentagens da votação na Cidade da Beira, onde o MDM amealhou 53% dos votos. Vão me perguntar porque é que ganhamos na Beira. Ganhámos na Beira porque é capital do nacionalismo.
Na Beira, segundo a contagem paralela, o MDM conseguiu atingir 67%, mas devido ao enchimento das urnas de 24 mil votos a favor da FRELIMO, o cenário mudou drasticamente.
âNos deram 53% e nos tiraram 14%. Imagine se o MDM tivesse 51 a 55% o que iria acontecer? Há que fazer uma reflexão profundaâ, detalha.
Simango alerta que o Conselho Constitucional causa estranheza quando diz que os tribunais não tem competências para dirimir conflitos eleitorais, o que levanta dúvidas sobre quem será o órgão ideal para atender ais recursos dos partidos polÃticos e outros concorrentesâ.
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