Alguns deputados guineenses decidiram devolver dinheiro, que tinham recebido do Governo na sequência da aprovação do Orçamento Geral de Estado para 2022.
Na terça-feira, 21, o Presidente da República avistou-se com um grupo de deputados, em contexto de novo desentendimento entre o chefe de Estado e a Assembleia Nacional Popular devido à anulação do Acordo assinado pelos presidentes guineense e senegalês.
À saída da audiência com o Chefe de Estado, o deputado Adulai Baldé afirmou que um grupo de quatro deputados afectos à Bancada Parlamentar do Movimento para Alternância Democrática, Madem-G15, decidiu devolver os dois milhões e meio de francos CFA, que teria recebido do Governo em forma de gratificação, pela aprovação do Orçamento Geral de Estado, como prenda de Natal.
O deputado Adulai Baldé declarou que o assunto está sob a alçada do Ministério Público, por isso, o grupo não quer mais problemas e ameaçou abandonar o Modem-g15 e voltar para o PAIGC.
O OGE para o próximo ano económico- de 2022, no valor de 246 mil milhões de francos CFA, foi aprovado há duas semanas, no Parlamento, com 53 votos a favor, 39 contra e uma abstenção.
A Guiné-Bissau atravessa uma situação política considerada como tensa por alguns analistas como tensa.
A devolução do dinheiro ocorre um dia depois do Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló ter alertado sobre as consequências daquilo que ele considera de má-fé por parte dos deputados.
Os quatro deputados decidiram restituir o montante recebido, na sequência da resolução parlamentar que anulou o Acordo de Gestão e Cooperação, entre Bissau e Dacar, assinado pelos Presidentes Umaro Sissoco Embaló e Macky Sall.
O Presidente da República guineense afirmou, que o Parlamento não tem competências para anular o Acordo.
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