A consultora Oxford Economics divulgou hoje as suas projecções para a economia moçambicana, indicando uma desaceleração para 4,5% neste ano, em comparação com o crescimento de 5% registado no ano passado. Os analistas da Oxford Economics fundamentam essa previsão destacando uma produção mais lenta de gás natural, prevista em 2,5%, como um factor contribuinte para o abrandamento do crescimento económico.
Apesar dos desafios enfrentados, como o impacto do ciclone Fredy e a violência persistente em Cabo Delgado, a economia conseguiu avançar em 2023, impulsionada pelo aumento na produção de gás natural liquefeito ao largo da costa. A Oxford Economics observa que a petrolífera TotalEnergies tem planos de retornar a Cabo Delgado ainda este semestre, mas destaca a possibilidade de aumento de ataques devido à proximidade das eleições programadas para o final do ano, o que poderia lançar uma nuvem de incerteza sobre o cenário político.
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O presidente moçambicano, Filipe Nyusi, expressou o seu desejo de que a retomada do projecto pela TotalEnergies ocorra o mais rápido possível, considerando as preocupações de segurança em Cabo Delgado. Ele classificou a recomendação da França para os seus cidadãos evitarem certas áreas da província como uma “decisão diplomática”.
A Embaixada de França em Moçambique está aconselhando os cidadãos franceses a não viajarem para Mocímboa da Praia, Pemba e Palma, em Cabo Delgado, devido à “ameaça terrorista”. O presidente Nyusi comentou sobre a situação, indicando que a mensagem partiu de um diplomata francês, não do responsável pelo projecto em questão.
O Banco de Moçambique, no seu relatório, apontou um crescimento de 5,36% no último trimestre do ano passado, mostrando uma ligeira redução em relação aos trimestres anteriores, principalmente devido ao crescimento menos acentuado na indústria extractiva e ao desempenho negativo da indústria transformadora. O crescimento médio do PIB em 2023 é projectado pouco acima de 5%, conforme informações do INE citadas pelo banco central em Fevereiro.
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