O director da Ordem no Comando Provincial da Polícia em Manica, Felisberto Zandamela é acusado de vigarizar a empresa “Golden Harvest Mining, Lda” e se apoderar de quantias significativas de ouro bruto e dinheiro.
Os queixosos denunciaram que Felisberto Zandamela conduziu pessoalmente a operação relâmpago nas instalações da mineradora, onde, além de expulsar os trabalhadores, apoderou-se de produtos minérios.
A operação foi realizada no dia 24 de Outubro e levanta sérias questões sobre a legalidade das acções policiais. Consta também nesta empreitada, onze cidadãos chineses foram expulsos das minas.
A operação ocorreu sem a apresentação de um mandado judicial, com a polícia desarmando e a segurança local foi lhe confiscada os pertences dos chineses, incluindo documentos pessoais.
Recurso ao tribunal
Inconformada com a atitude do director da Ordem, a “Golden Harvest Mining Lda” recorreu ao Tribunal Distrital de Manica. “Sem ordem judicial ou alguma administrativa, a empresa foi surpreendida por onze elementos da empresa de segurança privada MMP, acompanhados por três agentes da polícia, ordenaram a retirada de todos os cidadãos de nacionalidade chinesa do local.”, indica a empresa “Golden Harvest Mining”.
Em resposta datada de 30 de Outubro, um despacho da 1ª Sessão do Tribunal Judicial do Distrito de Manica explica que pelo acima exposto, nos termos dos artigos 381/A, 381 B e 399 do Código de Processo Civil, o tribunal, dá provimento a providência cautelar, por se verificarem preenchidos os requisitos impostos pela disposição do artigo acima e decreta consequentemente a providência ordenando a requerida se abstenha a livre circulação entrada de trabalhadores de nacionalidade chinesa na mina, dentro da concessão nr 8482 C”.
“Ordeno à requerida que retire imediatamente os onze elementos da sua força dos postos e toda área da mina dentro da concessão”, diz o despacho.
“Assunto delicado” – Felisberto Zandamela
O director da Ordem no Comando Provincial da PRM em Manica, Felisberto Zandamela disse em declarações ao “Jornal Visão Moçambique” que o assunto é delicado.
“O assunto é delicado. Sugiro para se agir com cautela, ou abandonar o artigo”, disse. Por seu turno, a comandante provincial da PRM em Manica, Lurdes Mabunda, disse que não tem conhecimento sobre a operação, e, declarou não estar ciente dos acontecimentos.
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