Atenção, moçambicano!
Se pensa que a economia nacional está sob controlo… pense novamente. Nos primeiros 90 dias de 2025, o Governo somou mais 28,3 mil milhões de meticais à dívida pública, elevando o total para mais de 1 trilhão de meticais. Um número que não pode — e não deve — passar despercebido.
O que está a provocar esta explosão?
A resposta está bem aqui dentro: a dívida interna.
Mais de 20% desta dívida já é alimentada por empréstimos directos ao Banco Central, e 34% vem da renovação de bilhetes do tesouro — ou seja, o Estado está a usar um cartão de crédito com juros crescentes… e o limite está a rebentar.
E os credores?
Apesar de uma ligeira redução de 1,2% na dívida externa, a China continua a ser o nosso maior credor bilateral. Entre Janeiro e Março, o volume da dívida com a China caiu 4,3%, mas continua no topo da lista.
Isto revela uma dependência estratégica — e delicada — que molda o futuro económico do país.
Para onde foi o dinheiro novo?
Entre Janeiro e Março de 2025, Moçambique recebeu mais de 15 milhões de dólares em créditos externos. Mas atenção aos destinos:
- 31% para o sector dos transportes
- 22% para defesa nacional
- 19% para o Corredor do Norte
Infraestruturas, sim. Mas… e o impacto na vida real dos cidadãos?
E o que tudo isto significa para si?
Mais dívida pode significar menos investimento social, mais impostos no futuro e maior pressão sobre os preços e serviços públicos.
O próprio Ministério das Finanças reconhece os riscos: o nível de endividamento exige vigilância e controlo rigoroso para não comprometer a sustentabilidade fiscal do país.
A verdade nua e crua:
Se não forem tomadas medidas sérias e transparentes, a dívida pública será um fardo que você, seus filhos e netos terão de pagar. O tempo de ignorar acabou.
O que pode fazer agora:
- Informe-se com fontes credíveis;
- Exija clareza nos relatórios do Governo;
- Partilhe esta informação com amigos e colegas — quanto mais pessoas souberem, maior a pressão por responsabilidade.
- A dívida é de todos nós — mas a responsabilidade é de quem governa. Exija respostas.