O julgamento do caso das “Dívidas Ocultas”, contraídas durante o segundo mandato do Antigo Presidente Armando Emílio Guebuza, está a trazer verdades que realmente ultrapassam o entendimento de qualquer moçambicano, primeiro pela forma como está a ser conduzido, postura dos arguidos(réus), conduta do Juiz, dos Advogados, do Ministério Público(MP), da OAM e também pelas revelações inusitadas a cada dia de audições.
Há sempre um dado novo que remete aos moçambicanos a reflexão sobre o rombo que este Estado vem sofrendo pós independência, quer pelos próprios nativos, quer por investidores estrangeiros que ao olhar impávido de alguns dirigentes pisoteiam as leis. A título de exemplo na manhã e tarde desta terça-feira, durante as audições em sede da 6ª Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, onde decorre a sessão de discussão e julgamento do caso das “Dívidas Ocultas”, escutamos de repetidas vezes o réu Khessaujee Iswardas Pulchand, referenciando que a empresa a qual pertence à data dos factos teria o mandado abrir uma conta bancária em seu nome para depois gerir a mesma.
Numa lógica simples e num exercício de mente muito menos manobrado, pode-se perceber que este para além de ser usado para trocas comerciais ilícitas, foi também usado para fuga ao fisco da AFRICÂMBIOS, pois recebia dinheiro para conversão em contas individuais o que não reflectia nos movimentos da instituição, consequentemente as contas para as finanças também reduziam.
Por outro lado segundo conta o réu Pulchand, na sua conta simplesmente movimentava sob comando da gerência da AFRICÂMBIOS. Conta ele que também existem outros colegas seus que foram instruídos a abrir contas individuais para servirem a empresa.
A Pergunta que fica é: Porque a casa de câmbios usava contas particulares para suas transacções corporativas?
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