Dívidas Ocultas: “Peço perdão a minha mulher, ao povo moçambicano e a toda gente que fiz mal” – Sérgio Namburete

0
DSC

DSC

A 6 ª Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, continua com as audições nesta segunda-feira e é a vez do réu Sérgio Namburete.
Namburete aceita que recebeu 127.500 Euros como parte da intermediação, mas antes disso ficou emocionado e chorou em sede do tribunal. O recebimento do valor cai depois deste ser exigido por uma empresa de nome Lia de Abu Dhabi que exigia facturas. 

Com um atraso significativo para as audições que iniciaram por volta das 12 horas depois de muito tempo gasto nas questões prévias o réu Sérgio Namburete, entrou na sessão pedindo perdão à sua esposa, família e ao povo moçambicano em geral. Sérgio Namburete entra para esta audição nervoso e chorão, “quando fui preso minha mulher estava grávida, na altura ela com 48 anos eu com 60 anos. Ela estava grávida do meu primeiro filho com essa idade e minha mulher foi presa com crianças de 4 meses”, conta Namburete.

O réu revelou que Maria Inês Moiane teria lhe contactado a falar sobre uma oportunidade de negócio e que ele serviria de intermediário para trespasse de um terreno da amiga deste localizado no espaço da ATCM e que este também já corria atrás dos espaços que ali existem há anos.

Namburete avança ainda que o negócio segundo Maria Inês Moiane devia ser feito por uma empresa para facturar o pagamento do terreno, ao que o juiz Efigénio Baptista rematou que o réu simplesmente serviu para facturar tendo em conta que a amiga deste já veio ditando o preço a ser praticado no contrato de trespasse do espaço em alusão no bairro Costa do Sol.

O réu ao ouvir da sua amiga da juventude que vem investidores de Abu Dhabi em Dubai, este viu uma oportunidade negócio para o crescimento dos seus empreendimentos. “Quando ouvi aquela proposta eu vi uma oportunidade de negócio e abri aquela empresa sem que alguém me obrigasse”, conta Namburete.

Ainda ao longo do seu depoimento Sérgio Namburete conta que abriu a empresa pois a sua amiga da juventude lhe procurou pensando que este tinha uma empresa porque este participava de muitas outras empresas e este dali viu a oportunidade de criar a sua porque não tinha alguma.

Namburete confirma que a empresa foi criada depois do contacto da Maria Inês Moiane Dove. Segundo o mesmo esta teria dito precisar de uma empresa para mediar o negócio e o senhor Jean é que frisou querer uma empresa que possa facturar.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *