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DÍVIDAS OCULTAS: Raúfo Ismael explica como chega à Proindicus e diz que não estava interessado

O Declarante Raúfo Ismael, antes do início das questões do tribunal começou por esclarecer como foi feita a sua convocação e participação no projecto que originaria a “Dívida Oculta”, apontando António Carlos do Rosário e Gregório Leão José como os que o escolheram.

Raúfo conta que no dia 21 de Dezembro de 2012 teria sido convocado para estar numa reunião no Ministério da Defesa Nacional a convite do seu antigo Director Geral Gregório Leão José e teve o encaminhamento por António Carlos do Rosário, pelas 9h. Chegada a hora da reunião compareceram o seu Director Geral na altura o Co-réu Gregório leão, o Ministro da Defesa na altura Filipe Jacinto Nyusi, o vice-Comandante da PRM na altura Jaime Basílio Monteiro, não se recorda se esteve presente o Ministro Alberto Ricardo Mondlane, os Co-réus António Carlos do Rosário e Teófilo Nhangumele e o Ex-PCA da Monte Binga Victor Bernardo.

Foi naquele encontro que receberam instruções para constituir a Proindicus, neste mesmo dia o co-réu António Carlos do Rosário, ficou encarregado de coordenar todo o processo da constituição da Proindicus e a celebração dos contratos de fornecimento e de financiamento.

Na sequência foram criar condições para a celebração da escritura no dia 21 de Dezembro de 2012 e a GIPSY e Monte Binga constituíram a PROINDICUS.

Constituida a Proindicus, o declarante disse ao tribunal que só se limitou à celebração da escritura pública pensando que tivesse terminado à sua missão. Só que passado o fim-de-ano, justamente no dia 18 de Janeiro de 2013, este recebe uma chamada de António Carlos do Rosário para assinar o contrato de Fornecimento entre a Proindicus e a Privinvest. O declarante disse que a orientação era na sequência da decisão tomada no dia 21 de Dezembro de 2012. Que confirmou o director geral o co-réu Gregório Leão José.

Raúfo Ira, Exerceu o cargo de Director Executivo Nacional do SISE de Dezembro de 2015 até finais de 2017 e princípios de 2018, tendo passado para quadro do SISE na reserva me finais de Janeiro do ano 2018.

A sessão de audiência do Julgamento do caso das “dívidas ocultas”, no seu 36.º dia continuou com a audição de Raúfo Ismael,

As empresas GIPSY e MONTE BINGA cada com 50% eram os accionistas principais da Proindicus. “A Proindicus foi constituida no dia 21 de Dezembro de 2012, fui convocado para estar numa reunião no MDN por meu director Geral do SISE, cuja missão era constituir a Proindicus, onde estiveram presentes para além de mim pelo senhor António Carlos do Rosário, Ministro da Defesa, Vice-Comandante Geral da Polícia e próprio ex-PCA da Monte Binga e o senhor Teófilo Nhangumele e outros quadros da defesa que não posso precisar o nome. Foi nesta reunião que fui dado esta instrução de criar a PROINDICUS e a constituição da escritura Pública.

Todo meu envolvimento era coordenado pelo senhor António Carlos do Rosário. Portanto este é o meu enquadramento neste processo todo no dia 21 de Dezembro de 2012. Constituida a Proindicus, pensei que tivesse terminado a minha missão, passamos o fim-de-ano e em Janeiro de 2013 recebo a missão de um contrato Fornecimento e Financiamento no dia 18 de Janeiro de 2013.

“Ainda questionei porque eu, e ele me disse que era continuação da informação recebida na reunião do dia 21 de Dezembro de 2012. Fiz a assinatura do contrato de fornecimento em representação da Proindicus”.  Chegado ao Hotel estava com o Dr António Carlos do Rosário, quem reconheci primeiro foi o Teófilo Nhangumele e ele estava com uma outra pessoa que não conhecia e quando me apresentaram eram o senhor Jean Boustani e o conheci naquele momento da assinatura do contrato de fornecimento, no Radisson Blu”, disse o declarante Raúfo Ismael Ira.

Author: Jornal Visão Moçambique

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