Curioso ou não, é a verdade que pode ser lida no Documento tornado público esta Terça-feira pelo Conselho Constitucional, dando a conhecer os nomes dos cidadãos que submeteram as suas candidaturas à Presidência da República e, entre os 11, apenas uma é mulher.
Apesar de uma representatividade maior das mulheres nas assembleias provinciais, uma constatação feita pela Academia Política da Mulher(APM) para o período 2020-2024que situa-se em 35,4 por cento. “Fica claro que se não forem tomadas medidas adequadas, estes ganhos podem ser perdidos em qualquer processo eleitoral”, afirma Elisa Muianga, Gestora da APM.
A evolução constatada pela APM, embora mostre uma evolução, o processo decorre de forma imprevista e dependendo muitas vezes de uma bancada no parlamento. A APM alerta para a necessidade de se definir mecanismos para consolidar estes ganhos através de adopção de políticas que venham a contribuir de forma efectiva para a equidade do género nos diferentes órgãos eleitos e de nomeação.
Assim, a APM apela a todas as esferas vivas da sociedade a se manterem empenhadas em promover ainda mais a agenda da mulher, por forma a que em um futuro próximo, mulheres e homens, não vejam aspirações limitadas pelo simples facto pertencerem a um ou outro género.
A Candidatura às presidenciais dava espaço para a oposição mostrar com A+B o que é empoderamento feminino em Moçambique, e, sair das estatísticas falaciosas que não justificam no concreto o sentido de que há equidade naqueles grupos políticos. Só para dar exemplo e por mais velhos sejam os partidos da oposição moçambicana, nenhum se desafiou a colocar uma mulher para a presidência da República, o que mostra ainda um cepticismo claro em relação ao poder que as mulheres têm na política.
Dorinda Catarina Eduardo do Movimento Nacional para a Recuperação da Unidade Moçambicana, MONARUMO, diz que Moçambique precisa de quebrar barreiras e construir um país onde todos têm oportunidades iguais, independentemente do género.
Uma análise básica e rápida chama atenção aos movimentos da Sociedade Civil que gritam pela representatividade no parlamento e no país de forma independente, a concentrar suas atenções na candidata do MONARUMO, se realmente o que buscam é uma voz feminina que as represente.
Será que a sociedade moçambicana está realmente pronta para ver uma mulher na presidência? Ou é coisa falaciosa e busca pelos grupos que lhes interessa?
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