“É MEU FILHO, QUEM SOU EU PARA JULGAR?” – MELANCIA DE MOZ SOBRE O FILHO HOMOSSEXUAL

A cantora moçambicana Melancia de Moz voltou a abrir o coração, em directo na televisão, para falar de forma aberta sobre a orientação sexual e identidade de género d@ filh@, Shelton Paulo Manhique, ou simplesmente Shell.

Segundo apontou Melancia de Moz, que falava no programa Show do Fred, da Tua TV, assumiu que não se pode fazer nada sobre a orientação sexual de um filho, “é para eu fazer o quê? É para eu matar o meu filho porque tem uma orientação sexual diferente ‘da maioria’”? rematou, ao reagir à pergunta do apresentador Fred Jossias, sobre como o casal Melancia de Moz e Tio Paulo, encaram o facto de ter um filho que tem uma identidade de género diferente.

“Independentemente do que ele é, é meu filho! Quem sou eu para julgar a ele ou ela? Só Deus! Sentencia. Sobre como tratam Shell, ele ou ela, Melancia esclareceu, “é ele, mas gosta de ser tratado por ela”, ou seja, “identifica-se como mulher”, o que significa que Shell é uma pessoa transgénero, o que ocorre quando a identidade de género do indivíduo difere do seu sexo biológico “nascença”. A identidade de género é uma experiência profunda de género, ou seja, é como a pessoa se vê / identifica e não como a sociedade espera que a pessoa se veja ou se identifique.

No vídeo de pouco mais de 3 minutos que corre pelas redes sociais, do programa exibido no dia 19 de Janeiro corrente, na Tua TV, os pais de Shel, voltaram a demonstrar em seus actos e palavras, que ainda que sem perceber na essência sobre questões como orientação sexual e identidade de género, é seu papel como pais apoiar e acompanhar o desenvolvimento de Shell, garantir que a mesma sinta-se segura, amada e respeitada no seio familiar.

Recorde-se, esta não é a primeira vez que Melancia de Moz fala sobre orientação sexual de Shell, em 2019, numa entrevista exclusiva à Lambdamoz, a cantora moçambicana autora do hit “Vuku vuku” assumiu ter um filho homossexual e não o deitaria fora por nada, e reforçou sobre a importância do apoio e papel dos pais que têm filhos homossexuais, “é preciso amparar os nossos filhos porque eles não são doentes, uma pessoa não pode escolher ser algo que a sociedade não gosta e nem apoia.”

Foto: Arquivo Lambdamoz
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