Os funcionários do Conselho Autárquico de Nacala, na província de Nampula, ao Norte de Moçambique, estão em greve desde a madrugada de hoje, Quarta-feira, 4 de Janeiro de 2023. Segundo documentos partilhados pelas redes sociais, aqueles servidores públicos, exigem o pagamento de ordenados devidos pela Edilidade, há 2 meses.
Mais ainda, os grevistas apontam numa carta de pedido de greve pacífica enviada as autoridades, que os atrasos salariais na autarquia são recorrentes e estes por muitas vezes vivem como escravos.
“Excelência, tem sido recorrente o atraso salarial variando entre dois a três meses sem que haja uma justificação por parte dos gestores do Conselho Autárquico de Nacala, deixando-nos numa situação miserável, se tomarmos em conta que o impacto cria enorme constrangimento, pois que muitos de nós estamos endividados com os bancos e o atraso salarial que se verifica de dois a três meses como no último caso, implica acumulação de taxas de juros, o que consequentemente até à data dos pagamentos, o banco recolhe do que é devido deixando as contas quase vazias, antes de efectuar qualquer movimento que garanta algo de sustento básico e de sobrevivência familiar”, relatam.
Ademais, os funcionários em greve, apontam que não sabem dizer nem planificar sua vida, pois nunca tem a certeza se o ordenado mensal cairá nas suas contas em qual data. Para além desta preocupação, há também denúncia de casos de falta de apoio social em casos de morte, bem como a falta de pagamento de subsídio de férias.
Os documentos a que o Jornal Visão Moçambique teve acesso, apontam para atraso salarial dos meses de Novembro e Dezembro de 2022.
A greve dos funcionários é também justificada pela falta de clareza da edilidade que, tendo recebido dos Serviços Provinciais da Economia e Finanças os valores referentes aos ordenados de Outubro a Dezembro de 2022, porque não efectuaram o pagamento salarial.
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