A China está a implementar novas medidas para estimular a sua economia em desaceleração, em meio à expectativa de uma possível segunda presidência de Donald Trump, que já se mostrou disposto a impor pesadas tarifas de importação aos produtos chineses. Para evitar um impacto ainda mais profundo na economia, o governo chinês destina recursos para lidar com a dívida excessiva dos governos locais, especialmente focando-se num investimento adicional de 6 triliões de yuans até 2026.
A economia chinesa, que enfrenta uma crise imobiliária, um crescente nível de desemprego e um consumo fraco, também está pressionada pelo contexto internacional. Apesar das iniciativas de estímulo, a expectativa do FMI para o crescimento da China em 2024 é de apenas 4,8%, estando abaixo da meta de Pequim. Além disso, com a União Europeia e os Estados Unidos demonstrando resistência a produtos chineses, como os veículos eléctricos, o país enfrenta maiores desafios para sustentar o seu crescimento através das exportações.
Embora o governo de Xi Jinping enfatize a transição para um modelo de desenvolvimento “de alta qualidade”, baseado em manufactura avançada e tecnologias verdes, como veículos eléctricos e painéis solares, economistas como Stephen Roach apontam que o país precisa explorar mais o potencial de demanda doméstica para evitar uma estagnação económica semelhante à do Japão nos anos 1990.
A pressão das tarifas dos EUA e o potencial retorno de Trump ao poder colocam a China numa situação delicada, reforçando a urgência das suas reformas económicas para reduzir a dependência de mercados externos e criar um modelo de crescimento mais sustentável.
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