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Elon Musk afirma que “há pessoas mortas a trabalhar no governo” durante reunião do gabinete de Donald Trump
Elon Musk afirma que “há pessoas mortas a trabalhar no governo” e lidera esforços para cortar gastos públicos nos EUA. Declarações feitas durante reunião com Donald Trump.

O empresário bilionário Elon Musk, conhecido pelas suas empresas Tesla e SpaceX, fez declarações polémicas durante uma reunião, do gabinete de Donald Trump, nesta quarta-feira, 26, afirmando que há “pessoas mortas a trabalhar no governo” dos Estados Unidos. Musk, que lidera uma equipa chamada “Doge”, destinada a cortar gastos públicos, revelou que aproximadamente um milhão de funcionários federais ainda não responderam a um inquérito interno sobre as suas funções.
Durante a reunião, Musk explicou que o objectivo da sua equipa é reduzir o défice público em cerca de um bilião de dólares, eliminando desperdícios e funções desnecessárias. Segundo ele, parte do problema é a existência de funcionários fictícios que continuam a receber salários sem estarem realmente a trabalhar.
“O que estamos a tentar descobrir é se essas pessoas são reais, se estão vivas e se podem, pelo menos, responder a um e-mail”, afirmou Musk, insinuando que há funcionários inexistentes ou mesmo falecidos a constar nas folhas de pagamento do governo.
Cortes e despedimentos em massa
O governo norte-americano conta com cerca de dois milhões de funcionários públicos, e, segundo Musk, cerca de metade já respondeu ao inquérito interno. No entanto, os restantes continuam sem dar qualquer feedback, o que levanta suspeitas.
Trump, por sua vez, reforçou a necessidade de cortes agressivos na administração pública, acusando a gestão de Joe Biden de desperdícios financeiros astronómicos. “Essas pessoas estão na bolha. Talvez desapareçam em breve”, afirmou o ex-presidente, referindo-se aos funcionários que ainda não responderam ao inquérito.
Apesar da abordagem radical, Musk garantiu que ninguém será demitido injustamente e que apenas funções não essenciais ou mal desempenhadas serão eliminadas. No entanto, a incerteza paira sobre os trabalhadores do governo norte-americano, que podem estar na mira do que promete ser uma das maiores reduções da administração pública na história do país.
O debate sobre cortes orçamentais e eficiência administrativa continua a crescer nos Estados Unidos, enquanto Trump e Musk fortalecem a sua parceria para reformular a máquina governamental.