
Xi participou na cerimónia de abertura do encontro e proferiu o discurso principal no Centro Nacional de Convenções da China, na segunda-feira. (Xinhua/Huang Jingwen)
Uma declaração da presidência foi emitida nesta segunda-feira, no âmbito do Encontro Global de Líderes sobre as Mulheres, co-organizado pela China e pela ONU Mulheres, realizado em Beijing nos dias 13 e 14 de Outubro.
Na qualidade de país anfitrião, a China apresentou um resumo das posições consensuais alcançadas durante o encontro.
Segundo o documento, perante as mudanças e desafios do mundo actual, os países e as partes interessadas deverão, com firme determinação e ações concretas, resistir a qualquer retrocesso e acelerar o desenvolvimento integral das mulheres.
A declaração sintetiza dez áreas-chave de ação identificadas pelos participantes:
Os participantes apelaram à criação de um ambiente de paz e segurança, defendendo a participação plena e igualitária das mulheres nos processos de paz.
Sublinharam ainda a importância de valorizar o papel central e o poder transformador das mulheres no desenvolvimento, capacitando-as para participar e liderar a busca por um desenvolvimento sustentável e próspero.
A declaração defende a prevenção e eliminação de todas as formas de discriminação e violência contra mulheres e raparigas, destacando a necessidade de atenção especial às que vivem em situações de vulnerabilidade ou crise humanitária. O documento também sublinha a importância de aproveitar o potencial da juventude, em particular das jovens mulheres.
Os participantes manifestaram apoio ao reforço do papel das Nações Unidas na criação de plataformas globais de cooperação voltadas para o avanço das mulheres.
Foi igualmente destacada a importância de melhorar o bem-estar, a felicidade e a segurança das mulheres, através do seu desenvolvimento integral, com enfoque em áreas como redução da pobreza, educação, saúde, emprego e protecção social, além da participação igualitária nos processos de tomada de decisão e gestão a todos os níveis.
A declaração reforça a necessidade de aperfeiçoar os mecanismos institucionais que promovam a igualdade de género e o desenvolvimento integral das mulheres, bem como de fortalecer estruturas nacionais que contribuam para elevar o estatuto da mulher na sociedade.
Os participantes defenderam ainda a implementação de políticas familiares inclusivas e de apoio à família, de modo a garantir igualdade de direitos e oportunidades dentro do lar, incentivando a partilha de responsabilidades domésticas entre todos os membros da família.
Outro ponto central da declaração é o apoio à participação das mulheres na governação ambiental e climática, e o reforço das suas capacidades para responder às alterações climáticas e a desastres naturais.
Os líderes também apelaram à promoção de uma transformação digital inclusiva, onde as mulheres sejam participantes e líderes plenas e iguais, desde as primeiras fases de desenvolvimento das tecnologias digitais e inteligentes, garantindo que viés, discriminação, violência e estereótipos negativos de género sejam eliminados.
A declaração enfatiza ainda a expansão da cooperação Norte-Sul, Sul-Sul e tripartida no desenvolvimento das mulheres, com o objetivo de enfrentar desafios comuns e promover um progresso partilhado a nível mundial.
Todos os participantes reconheceram os notáveis progressos da China nesta área, bem como as suas contribuições activas para a igualdade de género global. Manifestaram também a esperança de que o encontro sirva como um novo ponto de partida para acelerar a implementação da Declaração e Plataforma de Ação de Beijing, adoptadas na Conferência Mundial sobre as Mulheres de 1995, e para avançar na concretização da Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.



