Numa série de decretos polémicos no primeiro dia do seu novo mandato, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou mudanças drásticas na política interna e externa do país. Entre as medidas, destacam-se a saída dos EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Acordo Climático de Paris.
A decisão de retirar os Estados Unidos da OMS deverá levar pelo menos 12 meses para ser efectivada, de acordo com fontes governamentais. Trump argumentou que o país foi “enganado e tratado injustamente” pela organização ligada às Nações Unidas, afirmando que outros países estão se beneficiando da generosidade americana. Vale lembrar que os EUA são os maiores doadores da OMS, e a saída poderá impactar significativamente os programas globais de saúde pública.
Já a saída do Acordo Climático de Paris também gerou controvérsias. Como uma das maiores nações emissoras de gases de efeito estufa, os EUA desempenham um papel crucial na luta contra o aquecimento global. Segundo Trump, “outros países estão tirando vantagem dos Estados Unidos” no acordo, e a sua administração busca priorizar os interesses económicos americanos.
Além dessas medidas, Trump revogou quase 80 decretos assinados pelo ex-presidente Joe Biden, incluindo políticas relacionadas à imigração, diversidade e tecnologia. Uma das mudanças imediatas foi o bloqueio temporário do aplicativo TikTok, enquanto negociações para que uma empresa americana assuma pelo menos metade das ações da plataforma estão em andamento.
Na área de imigração, Trump decretou a suspensão do aplicativo criado na gestão Biden para pedidos de asilo, que era utilizado por cerca de 280 mil pessoas diariamente. O ex-presidente também declarou emergência nas fronteiras, proibindo a entrada de imigrantes sem documentação.
Outro ponto que chamou a atenção foi o perdão presidencial concedido a 1.500 pessoas envolvidas na invasão ao Capitólio, em Janeiro de 2021. A medida gerou repercussões tanto dentro quanto fora do país.
Impactos globais
A saída dos EUA da OMS e do Acordo de Paris pode ter consequências de longo alcance. Especialistas alertam que a falta de participação americana enfraquecerá os esforços globais para combater crises sanitárias e a mudança climática. Além disso, a postura de Trump pode isolar os EUA em questões de cooperação internacional, enquanto outros países, como a China, podem preencher o vazio de liderança.
Reacções internacionais
Líderes globais, organizações de saúde e ambientalistas expressaram preocupação com as decisões de Trump. A OMS pediu reconsideração da decisão, destacando o papel vital dos EUA em programas de vacinação e controle de epidemias. Já no contexto climático, líderes europeus reafirmaram o compromisso com o Acordo de Paris e lamentaram a saída americana.
As decisões anunciadas por Trump marcaram um início turbulento de mandato, com implicações que vão além das fronteiras americanas. Enquanto sectores internos comemoram as medidas como uma vitória para os interesses nacionais, a comunidade internacional observa com cautela os impactos a longo prazo.
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