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A Conferência Inaugural intitulada: Eduardo White, o poeta subversivo, a ser proferida pela crítica literária Sara Jona, marca o arranque do programa da Feira Internacional do Livro de Quelimane.

Ashraf Aboul-Yazid – Egipto

A Feira Internacional do Livro de Quelimane dedicará os três dias do certame, 12, 13 e 14 de Agosto, ao poeta moçambicano Eduardo White, homenageando-o através de uma série de actividades que incluem, leituras, lançamento de livros, debates, oficinas de escrita, teatro e palestras.

Deste modo, a feira do livro presta homenagem ao poeta nascido em Quelimane a 21 de Novembro de 1963. Eduardo Costley-White, é um dos poetas ligados à fundação da revista Charrua, da Associação de Escritores Moçambicanos (AEMO), que em meados dos anos 80 contribuiu para renovar a literatura do país. Eduardo White, considerado “um dos mais expressivos nomes da poesia moçambicana” a partir da década de 80 (CHAVES, 2005, p.163), publica sua primeira obra em 1984. Daí por diante, este escritor se destacou pela produção densa, marcada por um trabalho criativo envolto em temas instigantes como o do amor, da viagem, do erótico.

Escritores de várias gerações e geografias literárias, estarão em Quelimane para testemunhar a grande festa literária, entre os confirmados, pontificam os angolanos José Luís Mendonça e João Fernando André, Lino Mukuruza, Lo Chi, Timóteo Papel, Virgília Ferrão, Lucílio Manjate, António Hama Thay, Marcelo Mosse, Nelson Lineu (Moçambique), Paul Sezzie (Malawi), Ashraf Aboul-Yazid (Egipto), Ayo Ayoola-Amale (Ghana), Nicole Cage-Florentiny (Martinica), Luis Luna (Espanha), Carmen Troncoso Baeza (Chile), Daniel Quintero (Argentina),entre outros.

Tal como na edição passada, o sistema de ensino secundário e superior e as bibliotecas municipais de Quelimane realizarão leituras e participarão em diferentes actividades culturais, entre 12 e 14 de Agosto, assim como o Clube de leitura de Quelimane também se juntará ao certame, com leituras do livro de Eduardo White e outros autores moçambicanos.

A Feira Internacional do Livro de Quelimane, levará ao “espaço de leitura”, uma oficina de escrita a ser dinamizada pelo escritor Lucílio Manjate, com a participação de escritores da cidade de Quelimane. Durante os três dias da feira, será também montada uma área de exposição e venda de livros, com a presença de várias editoras e livrarias.

Biografia de Eduardo White

Autor de vários livros de poesia como:Amar sobre o Índico(1984),Poemas da Ciência de Voare daEngenharia de Ser Ave (Caminho, 1992),Janela para Oriente (Caminho, 1999) ouO Manual das Mãos (Campo das Letras, 2004).

Em 2001, Eduardo White foi considerado a figura literária do ano em Moçambique, e três anos depois recebeu o Prémio José Craveirinha, atribuído pela AEMO ao seu livroO Manual das Mãos. Em 1992, já recebera o Prémio Nacional de Poesia porPoemas da Ciência de Voar e da Engenharia de Ser Ave.

Além de poesia, publicou também novelas, comoÂAs Falas do Escorpião (2002), e outros textos em prosa. Entre os seus livros mais recentes incluem-se,ÂO Homem a Sombra e a Flor eÂAlgumas Cartas do Interior (2004),ÂAté Amanhã Coração (2007),ÂDos Limões Amarelos do Falo às Laranjas Vermelhas da Vulva (2009),ÂNudos (2011), uma antologia da sua obra poética,ÂO Libreto da Miséria (2012),ÂA Mecânica Lunar eÂA Escrita Desassossegada (2012) eÂO Poeta Diarista e osÂAscetas Desiluminados, o seu último livro.

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Passados três anos desde que o Presidente da República, Filipe Nyusi e o Presidente da Renamo, Ossufo Momade assinaram o Acordo de Paz Definitiva e Reconciliação Nacional, na cidade de Maputo, no dia 6 de Agosto de 2019, o Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD) considera que, no geral, as partes têm respeitado o acordo. Para o efeito, o IMD aponta como grandes progressos o regresso da estabilidade na região centro do País, que foi a mais afectada pelo conflito, os avanços no processo da descentralização e do DDR (Desarmamento, Desmobilização e Reintegração), bem como a integração de elementos das forças residuais da Renamo nas diferentes unidades das Forças de Defesa e Segurança (FDS). “O diálogo permanente entre as duas lideranças signatárias tem sido fundamental para os progressos alcançados na implementação do acordo e na manutenção da estabilidade. É importante manter os altos níveis de confiança e alargar o diálogo sobre a paz e reconciliação para outros políticos e sociais relevantes de modo a garantir a sustentabilidade do acordo”, indica o comunicado do IMD. Para a organização da sociedade civil que apoia no fortalecimento da democracia, a par dos progressos verificados na implementação do Acordo de Paz Definitiva é importante que o país continue a apostar numa agenda de desenvolvimento inclusiva e participativa, permitido que todos os cidadãos possam dar a sua contribuição, que percebam os benefícios da paz nas suas vidas e que se reforce a transparência nos processos eleitorais. “É muito importante que se reforce os níveis de transparência e confiança em relação aos processos político-eleitorais que tem sido razão de desconfianças e o exacerbar da tensão entre os actores políticos em Moçambique”, refere o IMD. A terminar, a organizacao congratula as lideranças signatárias do Acordo, aos moçambicanos e aos parceiros de cooperação pelos esforços em prol da Paz. Next post Paz Definitiva: IMD considera que as partes estão a respeitar o acordo de Maputo
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