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FIM DO DDR: IMD diz que é um passo importante para Paz e Democracia
Terminou hoje, 15 de Junho de 2023, em Vunduzi, no distrito de Gorongosa, na província de Sofala, o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração dos homens armados da Renamo, após mais de 4 anos.
A última base militar da Renamo no âmbito do programa DDR (Desarmamento, Desmobilização e Reintegração), foi hoje encerrada, acção que para os dois líderes no processo, nomeadamente, Filipe Nyusi Presidente da República e Ossufo Momade Presidente da RENAMO, representa um passo rumo à reconciliação e pacificação do país.
O Instituto para Democracia Multipartidária (IMD) recebeu com muita satisfação a notícia que dá conta do encerramento da última base da Renamo no âmbito do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos homens deste partido, ocorrido nesta quinta-feira, 15 de Junho. Neste sentido, a organização felicita as lideranças e considera ser um importante passe para o reforço da paz e da democracia em Moçambique.
Em comunicado enviado à nossa redacção, aquela organização não governamental, felicita o Presidente da República, Filipe Nyusi e o Presidente da Renamo, Ossufo Momade, considerando os dois, tiveram um papel determinante para o alcance deste marco importante na história da construção da Paz e da democracia em Moçambique.
No mesmo diapasão, o IMD, felicita e destaca o papel desempenhado pela comunidade internacional, sob liderança do Presidente do Grupo de Contacto e Enviado Pessoal do Secretário-Geral das Nações Unidas, Mirko Manzoni, como tendo sido fundamental.
“A conclusão do desarmamento e da desmobilização dos 5221 ex-guerrilheiros é mais uma demonstração da capacidade que os moçambicanos têm de resolver as suas diferenças recorrendo ao diálogo. Apesar dos vários constrangimentos que ameaçaram o processo e o compromisso das partes, a confiança entre as lideranças e sobretudo a vontade dos moçambicanos de viver em paz foi determinante para se alcançar este feito”, declara a organização.
O IMD, apela à necessidade de criar-se mecanismos que garantam a preservação e consolidação dos ganhos até aqui registados e a sustentabilidade da paz a médio e longo prazos.
“Mais do que olhar para os antigos combatentes da Renamo isoladamente, é preciso reconhecer que estes, retornam para zonas cujos hábitos diferem dos experimentados durante a sua vida militar. Por isso, deve haver uma preparação, quer dos ex-guerrilheiros, assim como das comunidades receptoras para uma convivência pacífica e sem qualquer tipo de discriminação”, afirma o IMD, para quem uma abordagem de sustentabilidade da Paz em Moçambique, não termina com um processo da DDR.
O documento do IMD, destaca a necessidade de se eliminarem os elementos de risco para a paz em Moçambique.
“Existem componentes do acordo que ainda estão em fase de implementação, como o pagamento das pensões, integração dos ex-guerrilheiros nas diferentes unidades das Forças da Defesa e Segurança, atribuição de talhões, reformas políticas, entre outras, mas também existem outros elementos a considerar como reforçar a confiança entre os actores em relação aos processos políticos, promoção de iniciativas de desenvolvimento, sobretudo nas zonas que foram mais afectadas pelos conflitos, facilitar o acesso aos serviços, apoiar a Renamo neste processo de transição de um partido militarizado para um partido 100 porcento civil. Este processo de transformação requer algum suporte para eliminar alguns receios que possam existir”.
O IMD reitera o compromisso de continuar a acompanhar o processo de construção e consolidação da Paz e da democracia em Moçambique com bastante interesse que vai, através dos projectos em curso, procurar dar a sua contribuição no mesmo.