Um grupo de funcionários do Ministério da Economia e Finanças (MEF) expressou sua satisfação com a recente decisão do Presidente Filipe Nyusi, que trouxe esperanças para uma reestruturação esperada. A decisão, que marca uma mudança significativa na gestão do ministério, foi recebida com alívio e optimismo entre os servidores públicos, que aguardavam há tempos por uma intervenção de alto nível.
Os funcionários relataram uma série de problemas que afectaram a instituição nos últimos anos. Segundo eles, a gestão anterior, liderada pelo ex-ministro Max Tonela, resultou na marginalização de quadros seniores e na substituição por colaboradores menos experientes, muitos dos quais eram descritos como “meninas de Max”. Esse movimento, afirmam, tinha como objectivo facilitar o saque aos cofres públicos e consolidar o poder político do ex-ministro.
Durante o período de gestão de Max Tonela, o MEF, segundo os relatos, tornou-se uma instituição marcada pela falta de valores morais e éticos, priorizando interesses pessoais e de aliados políticos em detrimento do serviço público. A situação piorou com a imposição de extorsões para que empresários recebessem pagamentos devidos e com a negação de salários aos funcionários públicos, criando um ambiente de corrupção institucionalizada e frustração generalizada.
A má gestão também afetou negativamente o sector privado, que enfrentou dificuldades financeiras graves. Muitas empresas, privadas dos pagamentos a que tinham direito, enfrentaram falências e demissões em massa, enquanto outras caíram em ciclos de endividamento com fornecedores nacionais e internacionais. A situação agravou-se com a prática de exigir 10% de comissão para a facilitação de pagamentos, tornando a intermediação ilegal e a extorsão uma norma.
O retorno do Dr. Maleiane ao MEF é visto como uma oportunidade para corrigir esses problemas. Os funcionários esperam que o novo ministro tome medidas urgentes para restaurar a funcionalidade do ministério e garantir que:
- Os funcionários públicos recebam seus salários pontualmente;
- Quadros competentes e dedicados sejam responsáveis pela gestão das finanças públicas;
- O sector empresarial receba o que lhe é devido sem intermediários corruptos;
- Os subsídios para aposentados, idosos e lideranças tradicionais sejam retomados;
- A economia nacional retome seu fluxo normal.
A intervenção do Presidente Filipe Nyusi e a esperada reestruturação sob a liderança do Dr. Maleiane são vistas como passos cruciais para restaurar a integridade e a eficácia do MEF, restaurando a confiança tanto entre os funcionários quanto no sector privado.
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