Para a organização, a decisão de reabertura das aulas de forma não gradual constitui a grande inovação desde o início da pandemia e contém algumas contradições para com algumas medidas, como é o caso do recolher obrigatório das 21 às 4 horas em vigor na Região do Grande Maputo.
“É importante que se esclareça como vai se efectivar a retoma das aulas no curso nocturno na Região do Grande Maputo. Não ficou claro nem na comunicação do Chefe do Estado e nem no decreto 07/2021”, refere o IMD, questionando ainda o impacto que a medida da reabertura vai ter no sector dos transportes, que por si só já tem se mostrado com muitas limitações para satisfazer a demanda sem a pressão dos alunos.
“É também importante que haja ao nível das escolas a observância rigorosa do protocolo sanitário para que a retoma das aulas em todos os subsistemas não venha a contrariar os ganhos até aqui alcançados, pois muitas escolas apresentam problemas estruturais como falta de salas de aulas”, vaticina o IMD.
Por outro lado, segundo avança o IMD, há uma necessidade de monitoria rigorosa nas instituições de ensino, propondo que se inclua a realização de testes aleatórios, por amostra, para alguns alunos tal como sucede ao nível do desporto, onde a retoma aos treinos está sujeita à realização de testes semanais.
Com o início da Vacinação em Moçambique nesta segunda-feira, 08 de Março, o Instituto para Democracia Multipartidária aponta que os beneficiários devem receber alguma documentação que certifica que já tomaram a vacina, para que no futuro, clarifique-se se os mesmos estarão sujeitos a testes para a realização de viagens ou não.
“Em alguns países onde já estão a ser aplicadas as vacinas tem se verificado a ocorrência de manifestações devido a falta de transparência e de clareza na informação. Temos que aprender destas situações e tirar lições para que o mesmo não aconteça em Moçambique”, refere o comunicado.
O IMD, defende ainda que com a retoma das aulas, os professores devem fazer parte dos grupos alvos prioritários para tomar a vacina.
“Os profissionais do sector de educação devem subir na lista das prioridades para a vacinação”, afirma a organização, que considera necessário um tratamento especial aos estudantes que padecem de doenças que aumentam a sua vulnerabilidade em relação à COVID-19.
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