O câncer do colo do útero é um câncer evitável, se detectado precocemente. Dados do Instituto Nacional do Câncer mostram que a doença é a terceira mais incidente entre as mulheres no país, com mortalidade progressiva a partir dos 40 anos.
Segundo a ginecologista e mastologista Elisvânia Rodrigues, este tipo de câncer surge no colo (base) do útero, órgão mais pré-disposto a se infectar pelo vírus HPV, através da relação sexual. Além disso, o sexo precoce também mostra índices mais elevados da doença.
“Para que a infecção se desenvolva e se transforme em um câncer é necessária uma sequência de factores: o primeiro deles é o início da infecção pelo vírus HPV e depois a persistência dessa infecção durante os anos, que evoluem para o câncer do colo do útero. (…) Se a mulher inicia precocemente vida sexual, ela vai ter contacto com vários parceiros que já podem ter tido contacto com outros soro-tipos de HPV. É assim que acontece”, explica.
A especialista conta também que ainda que a camisinha não consiga proteger totalmente o contágio do HPV, ela é muito indicada para diminuir a chance de transmissão.
“E o uso do preservativo vai diminuir o risco, mas não evita totalmente, por o vírus ser uma partícula muito pequena que pode ultrapassar a barreira camisinha, assim como a vacinação infantil contra o HPV para meninas de 9 a 14 anos e para os meninos de 11 a 14 anos. A vacina também não evita a infecção pelo vírus, mas protege em 70% e em 90% as verrugas genitais”, pontua Elisvânia Rodrigues.
SINAIS E SINTOMAS
De acordo com o Inca, os principais sintomas para os casos mais avançados são: sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal ou dor abdominal associada a queixas urinárias, ou intestinais.
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