Com apenas 19 anos de idade, o jovem moçambicano Bartolomeu Félix Vasco criou um sistema de segurança inteligente que detecta a presença de invasores. A invenção já se encontra funcional. O sistema pode ser usado em casas, escolas ou instituições.
Segundo a TV Miramar, o protótipo foi desenvolvido com materiais locais e de fácil acesso. A ideia nasceu do desejo de melhorar a segurança na comunidade. Além disso, o jovem inventor procurou garantir que a solução fosse acessível a famílias com poucos recursos.
“O objectivo é garantir segurança com tecnologia simples, acessível e que possa ser usada em qualquer casa da nossa comunidade”, afirmou Bartolomeu.
Soluções tecnológicas com impacto social
O sistema de segurança é autónomo e versátil. Detecta intrusos de forma automática, o que pode prevenir assaltos ou entradas indesejadas. Por conseguinte, pode ser útil tanto em ambientes domésticos como em instituições públicas.
Adicionalmente, Bartolomeu está a desenvolver um casaco electrónico anti-sequestro e um sistema de comunicação por gestos através do telemóvel. Estas soluções demonstram o seu compromisso com a criação de tecnologias inclusivas e de impacto social.
“Queremos soluções que sirvam as pessoas comuns. Se for possível comunicar com gestos ou proteger-se com um casaco tecnológico, então já estamos a avançar”, explicou.
Tecnologia local ao serviço de moçambicanas e moçambicanos
Para além da funcionalidade, a invenção destaca-se pela utilização de componentes disponíveis no mercado nacional. Isso reduz o custo de produção e torna a implementação mais viável em comunidades com menor acesso à tecnologia.
Consequentemente, a proposta insere-se na visão de uma inovação acessível, sustentável e adaptada à realidade local. Dessa forma, o projecto posiciona-se como uma referência na promoção da engenharia com identidade moçambicana.
Em busca de parcerias para crescer
Neste momento, Bartolomeu procura parcerias técnicas, institucionais e financeiras. O objectivo é melhorar o sistema e expandir o seu alcance comunitário.
“O que mais precisamos agora é de apoio para melhorar o sistema e levá-lo a mais casas, mais escolas, mais instituições”, afirmou o jovem inventor.
Além disso, o inventor pretende inspirar outros jovens a seguirem o caminho da criatividade e da inovação social.
Juventude e ciência para o futuro de Moçambique
A história de Bartolomeu é exemplo de como a juventude moçambicana pode liderar projectos transformadores. Apesar das limitações de recursos, a sua determinação prova que a ciência pode nascer em qualquer espaço onde houver curiosidade e vontade.
Em conclusão, a reportagem da TV Miramar serve de apelo ao apoio institucional e comunitário para jovens inventores. Afinal, investir em talentos como Bartolomeu é investir no futuro de um Moçambique mais seguro, criativo e auto-suficiente.