As autoridades policiais neutralizaram, recentemente, um cidadão de 24 anos de idade, suspeito de estar envolvido na morte de uma jovem de 20 anos, cujo corpo foi encontrado numa vala de drenagem no Bairro Chota A, cidade da Beira. O caso, que chocou a comunidade local, está a ser tratado como um possível feminicídio com contornos de violência sexual.
O indiciado, doravante referido como S.E.A., é natural da Beira e exerce a actividade de mototaxista na zona da Abobrinha. Foi capturado pelas autoridades após diligências que seguiram a descoberta do corpo da jovem, aqui identificada como C.M.D., natural igualmente da Beira e residente no Bairro Macuti.
De acordo com fontes policiais, os indícios recolhidos no local e durante o interrogatório sugerem que a jovem terá sido violada sexualmente e posteriormente asfixiada, antes de ser lançada à vala de drenagem no referido bairro, onde o corpo viria a ser descoberto por moradores no dia 20 de Maio de 2025.
Durante a audição preliminar, S.E.A. confirmou que mantinha uma relação amorosa com a vítima, facto que poderá estar ligado à motivação do crime. As autoridades não descartam a possibilidade de o acto ter sido premeditado, estando em curso diligências para apurar com maior precisão as circunstâncias e o móbil do crime.
A polícia reiterou o seu compromisso na luta contra a violência baseada no género e sublinhou que este caso será tratado com o máximo rigor e celeridade, respeitando os trâmites legais vigentes. A detenção do suspeito teve lugar nas imediações do Instituto Nzero Mbawiri, no Bairro Chota, onde o mesmo residia.
O corpo da jovem C.M.D. foi recolhido para a morgue do Hospital Central da Beira, onde exames forenses estão a ser realizados para confirmar as causas exactas da morte e eventuais sinais de abuso sexual.
As famílias envolvidas encontram-se em estado de consternação, sendo acompanhadas por assistentes sociais e membros da comunidade. Este episódio reacende o debate sobre a protecção das raparigas e mulheres em contextos urbanos, onde as dinâmicas de poder, dependência económica e negligência social têm contribuído para o agravamento dos casos de feminicídio.
A investigação prossegue sob tutela do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), que apela à colaboração da população no fornecimento de informações úteis para a conclusão do processo.
Nota editorial: Por razões de ética jornalística e respeito à dignidade das vítimas e das famílias, os nomes completos dos envolvidos foram omitidos nesta publicação.