Durante mais de 20 anos Moçambique viveu momentos de paz, após o assinado Acordo Geral de Paz de 1992. A história de Moçambique começa a tomar rumos de guerra e insurgência militar passadas duas décadas devido a autoritarismo militar e poderio absoluto forçado por alguns membros do governo.
A entrada para a governação de Moçambique de Armando Emílio Guebuza, tem consigo vários aspectos negativos, que inspiram conversas de esquinas e debates fortes sobre o ocultismo económico e capitalista, a que se tornou a Frente de Libertação de Moçambique, que só aumenta a cada dia a desgraça dos moçambicanos. Armando Guebuza, foi o primeiro Presidente moçambicano a diminuir o saudoso Dhlakama e sua tropa, numa tentativa de desarmar aquele grupo forçosamente e sem plano para tal.
Quando o segundo líder da Renamo, descobriu o esquema fascista de Guebuza, armou suas tropas e reforçou a mata com armas e emboscadas que regaram jovens nas matas com balas e que depois disso parecia mais uma chacina, sem precedentes.
Na altura da assinatura dos acordos de Maputo, muitos analistas políticos e organizações da sociedade civil, avançaram de forma lúcida que o processo conduzido por Filipe Nyusi, não produziriam efeitos eternos para o país, pois não se pode governar um povo e país, por acordos que beneficiam a minoria e os verdadeiros frustrados permanecerem isolados e negados uma vida social adequada.
Após a tentativa de desmilitarização(DDR), falhada dos guerrilheiros da RENAMO, e devido à pressão daquela massa que carrega poder bélico, Ossufo Momade actual Líder da RENAMO, atira a toalha e assume que as restantes bases da “Perdiz” que não foram desmilitarizadas até então, não serão mais, pois, “a FRELIMO mentiu”.
Momade que viveu relaxado durante os primeiros dois anos do Mandato de Nyusi, sai à rua para dizer que não se responsabiliza pela nova ofensiva da Junta Militar e que não pode mais aceitar desmobilizar seus homens até que se cumpra o que está explícito no documento.
Será que os mandatos governativos da FRELIMO serão apenas por via de acordos de cessação de hostilidades? Qual é o plano deste governo para que o povo não seja a moeda de resolução dos problemas sócio-políticos e económicos administrativos de Moçambique?
As perguntas são infinitas, mas as que giram neste momento, são de que novamente algumas viaturas poderão ser atacadas por homens armados que não tem reconhecimento do governo mas que não podem ser combatidos.
Segundo o velho ditado, na briga de dois gigantes o capim é que sofre e, para o caso de Moçambique, o povo é que está no meio entre o revoltado e quem supostamente está a gerar a revolta.
Há uma necessidade de intervenção urgente para que este grupo à semelhança dos anos passados não cresça ou mesmo seja necessário morrerem moçambicanos para que se tome atitudes dignas de salvaguardar vidas. Da mesma forma que se disse que Moçambique não estava em guerra, e hoje está a se combater o terrorismo em Cabo Delgado, urgentemente precisa-se travar movimentos anti-desenvolvimento no território nacional.
Antes que seja tarde, as FDS, precisam tomar rumo a estes rebeldes, sob circunstâncias do povo estar novamente condenado à miséria, com guerras não claras, mas que só beneficiam, alas distantes do povo.
Continua…
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