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Lançamento do projecto de mapeamento de ervas marinhas na região Ocidental do Oceano Índico (LaSMMI)

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[Cidade de Zanzibar, 3 de Março de ] – A Western Indian Ocean Marine Science Association (WIOMSA), em com a The Pew Charitable Trusts e a Universidade de Southampton, anunciou o lançamento da Large-Scale Seagrass Mapping and Management Initiative (LaSMMI; cuja tradução seria Iniciativa de Mapeamento e Gestão de Ervas Marinhas em Larga Escala). Este ambicioso esforço de irá desenvolver o primeiro mapa de ervas marinhas verificado no terreno para o Quénia, Tanzânia (incluindo Zanzibar), Moçambique e Madagáscar.

Os tapetes de ervas marinhas são habitats costeiros críticos que suportam a biodiversidade e desempenham um papel significativo no sequestro de carbono. Apesar da sua importância, as ervas marinhas continuam a ser um dos marinhos menos estudados e mais ameaçados.

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“As ervas marinhas são os heróis desconhecidos dos nossos oceanos – vitais para a vida marinha, para as comunidades costeiras e para a luta contra as ”, afirmou o Dr. Arthur Tuda, Director Executivo da WIOMSA. “No entanto, continuam a ser dos ecossistemas menos compreendidos e menos protegidos. Através do projecto LaSMMI, estamos a libertar o poder da ciência e da colaboração para trazer as ervas marinhas para a ribalta, assegurando que são mapeadas, valorizadas e salvaguardadas. Ao unir informação regional com acções locais, estamos a moldar um futuro em que as ervas marinhas não são apenas vistas, mas activamente protegidas como uma pedra angular da saúde e resiliência dos oceanos.”

O projecto LaSMMI irá utilizar a análise de imagens de satélite e técnicas de verificação no terreno para produzir mapas altamente precisos dos tapetes de ervas marinhas em ambientes de águas pouco profundas ao longo de uma linha costeira de mais de 9.500 km e mais de 2 milhões de km² de área marítima.

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A LaSMMI assenta numa base sólida de parcerias, reunindo instituições de investigação de topo na região, incluindo o Instituto de Investigação Marinha e Pesqueira do Quénia (KMFRI; Kenya Marine and Fisheries Research Institute), a Universidade de Dar es Salaam e a Universidade Estatal de Zanzibar (Tanzânia), a Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique) e a Universidade de Toliara – Instituto de Pescas e Ciências Marinhas (Madagáscar).

“Os tapetes de ervas marinhas, muitas vezes negligenciadas e subprotegidas, são vitais para o nosso planeta”, afirmou a Dra. Stacy Baez, responsável sênior da campanha de conservação das zonas húmedas costeiras da Pew. “O LaSMMI tem a missão de mapear estes ecossistemas subaquáticos no Oceano Índico Ocidental e estimar o carbono que armazenam, alimentando os esforços de conservação das ervas marinhas em benefício da natureza, das pessoas e do clima”. O Dr. Salomão Bandeira, Professor Associado da Universidade Eduardo Mondlane em Moçambique, ressalta que “estes esforços de colaboração potenciam a resiliência da na região do Oceano Índico Ocidental”.

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A Fundação Likhulu e a The Pew Charitable Trusts estão a colaborar neste projecto para apoiar a conservação e gestão das ervas marinhas e outros ecossistemas de “carbono azul”, no âmbito das Contribuições Nacionalmente Determinadas dos países para o Acordo de Paris. O mapeamento apoiará nos processos de tomada de decisão participativa do governo, conservacionistas e gestores marinhos para melhor proteger e gerir os tapetes de ervas marinhas em Moçambique.

O LaSMMI segue o sucesso do projecto de e Avaliação do Carbono das Seychelles, que desenvolveu o primeiro mapa de ervas marinhas verificado no terreno e uma avaliação do stock de carbono para o . Este projecto altamente colaborativo ajudou a informar o das Seychelles de proteger todas os tapetes de ervas marinhas na sua NDC de 2021.

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Através deste esforço abrangente para melhorar a investigação das ervas marinhas e a integração de políticas, o projecto tem vários objectivos-chave de longo prazo:

  • Produzir um mapa padronizado e verificado no terreno das ervas marinhas até ao final de ;
  • Avaliar o stock de carbono em toda a região para apoiar as estratégias climáticas;
  • Reforçar a capacidade de investigação local através de formação e workshops sobre recolha de dados, análise e verificação no terreno;
  • Aumentar a consciencialização nacional e regional sobre a conservação das ervas marinhas e o seu papel na mitigação das alterações climáticas;
  • Reforçar as ligações políticas através da incorporação de dados sobre ervas marinhas nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC) ao abrigo do Acordo de Paris, no planeamento espacial marinho e nos quadros de gestão e sustentabilidade.

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