Nesta Sexta-feira, o presidente do Barcelona, Joan Laporta, explicou que Messi não fica nos catalães porque o clube não tem margem salarial para manter o jogador nas regras do ‘fair-play’ financeiro.
Laporta, disse que para garantir o ‘fair-play’ financeiro do artilheiro argentino, o clube catalão teria que hipotecar os direitos audiovisuais do clube durante mais de 50 anos.
“E não estou disposto a fazer isso. Temos uma instituição com 122 anos de história, que está acima dos jogadores, mesmo do melhor jogador do mundo. Agradecemos-lhe eternamente, mas o clube está em primeiro”, disse Laporta em conferência de imprensa.
Eleito em Março, Laporta, diz que o Barcelona queria que Messi ficasse e que Messi queria ficar, mas a questão financeira impediu.
“A gestão calamitosa da direcção anterior excedeu o limite. Não tivemos tempo para corrigir a situação. Os números revelados pela auditoria são muito piores do que nos disseram”, afirmou, revelando que “a massa salarial representa 110% das receitas do clube catalão”.
Laporta avança que o rácio que o clube tem aponta um limite salarial de 4 para 1. Para entrarem 25 milhões de salário, o Barcelona teria de libertar 100. “É muita redução. A direcção está a trabalhar em saídas para libertar massa salarial”. “Chegámos a acordo com alguns jogadores, mas com outros não é fácil. Há contratos em vigor, jogadores que já baixaram salário, que já viram a sua situação reestruturada. Não é simples. Esta massa salarial deixa-nos numa situação muito complicada e é consequência de decisões desmedidas”, respondeu Laporta, quando questionado sobre se a situação não poderia ser resolvida com redução dos salários de outros jogadores.
Mesmo com a contratação de novos jogadores, o clube catalão assume que “Não é comparável a entrada destes jogadores ao que representaria para o ‘fair-play’ dos acordos a que chegamos com Messi”.
“Ultrapassamos o limite salarial mesmo sem o contrato de Messi. A La Liga pede para cumprirmos os regulamentos e gostaria que Messi continuasse, mas há clubes que exigem que as regras sejam cumpridas e não farão excepções para Messi, algo muito respeitável. O que nos pedem é que cumpramos e não podemos fazer porque nos deixaram esta herança. E nós somos não vamos hipotecar os nossos direitos de televisão por meio século, nem vamos rescindir contratos unilateralmente porque podemos depois perder em tribunal e temos de pagar”, disse Laporta.
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