Esta fotografia, tirada a 24 de Setembro de 2025, mostra um cartaz sobre a 32.ª Reunião de Líderes Económicos da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), em Gyeongju, Coreia do Sul. (Foto de Jun Hyosang/Xinhua)
- A China é o principal parceiro comercial de muitas economias da Ásia-Pacífico e desempenha um papel importante nas cadeias regionais de produção e de abastecimento.
- A China tem dado prioridade constante aos países vizinhos na sua agenda diplomática e apela activamente à construção de uma comunidade com um futuro partilhado com os países da região.
- A China está a cultivar activamente novos motores para o desenvolvimento verde, a aprofundar a cooperação industrial com todas as partes e a promover um crescimento de alta qualidade na região Ásia-Pacífico.
SEUL, 28 de Outubro (Xinhua) — Gyeongju, uma cidade histórica da Coreia do Sul, prepara-se para receber líderes da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), o mais alto, mais amplo e mais influente mecanismo de cooperação económica da região.
A convite do Presidente Lee Jae-myung, da República da Coreia (ROK), o Presidente chinês, Xi Jinping, participará na 32.ª Reunião de Líderes Económicos da APEC, em Gyeongju, e efectuará uma visita de Estado à Coreia do Sul de 30 de Outubro a 1 de Novembro, anunciou na Sexta-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.
A China tem utilizado a APEC para se concentrar nos interesses comuns dos povos da região; defender a abertura, a cooperação e o desenvolvimento conjunto; colaborar com todas as partes para enfrentar as mudanças e criar novas oportunidades de desenvolvimento; e contribuir continuamente para o progresso regional.
Durante as próximas reuniões da APEC e a visita de Estado do líder chinês à Coreia do Sul, a China pretende trabalhar com todas as partes para discutir planos de prosperidade e desenvolvimento regionais, fortalecer o consenso sobre unidade e cooperação, enfrentar desafios globais e, em conjunto, traçar um novo capítulo para o desenvolvimento da região Ásia-Pacífico.

CONSTRUINDO CONSENSO PARA O DESENVOLVIMENTO COMUM
“O sucesso da Ásia-Pacífico deve-se ao nosso firme compromisso com a paz e a estabilidade na região, às nossas práticas contínuas de verdadeiro multilateralismo e regionalismo aberto, e à nossa profunda fé na tendência da globalização económica, bem como no benefício e sucesso mútuos”, afirmou Xi no seu discurso escrito na Cimeira de CEO da APEC em Lima, no ano passado.
Actualmente, a região Ásia-Pacífico, que abriga um terço da população mundial, representa mais de 60 por cento da economia global e quase metade do comércio mundial. É o motor de crescimento mais dinâmico do mundo e um exemplo de integração económica regional.
Neste momento, a China é o principal parceiro comercial de muitas economias da Ásia-Pacífico e um actor importante nas cadeias regionais de produção e de abastecimento.
Nos três primeiros trimestres deste ano, as importações e exportações da China com outras economias da APEC aumentaram 2 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo 19,41 triliões de yuans (2,73 triliões de dólares norte-americanos), o que corresponde a 57,8 por cento do valor total do comércio chinês.
Perante os prolongados conflitos geopolíticos, o ressurgimento do unilateralismo e do proteccionismo, e a “fragmentação” da economia global, a APEC enfrenta agora uma escolha crucial: abrir-se ao mundo ou fechar-se, unir esforços na cooperação ou erguer barreiras.
A este respeito, Xi sublinhou que “o desenvolvimento da nossa região não foi alcançado através da provocação de antagonismos e confrontos, da adopção de políticas de empobrecimento do vizinho ou da construção de altos muros em torno de pequenos quintais, mas sim pela abertura, inclusão e aproveitamento das forças uns dos outros”.
Ao implementar firmemente a Parceria Económica Regional Abrangente (RCEP), ao avançar activamente nos esforços para aderir ao Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica (CPTPP) e ao Acordo de Parceria para a Economia Digital (DEPA), e ao cumprir as negociações da Zona de Comércio Livre China-ASEAN 3.0, a China tem continuamente contribuído para a construção de uma economia Ásia-Pacífico aberta nos últimos anos.
Herman Tiu Laurel, presidente do Instituto de Estudos Estratégicos Asian Century Philippines, sediado em Manila, afirmou que a China tem apontado o caminho para a globalização económica, injectando confiança e dinamismo no desenvolvimento da Ásia-Pacífico.
Para Wirun Phichaiwongphakdee, director do Centro de Investigação Tailândia-China da Iniciativa “Cinturão e Rota”, as iniciativas propostas pela China tornaram-se os motores intelectuais mais influentes dentro da APEC, fornecendo orientação teórica para o desenvolvimento estável de toda a região Ásia-Pacífico e traçando o rumo para a construção de uma região pacífica e próspera.

APROFUNDANDO A AMIZADE DE VIZINHANÇA
Os povos da China e da Coreia do Sul têm uma longa tradição de intercâmbios amistosos e de apoio mútuo.
A China está pronta para trabalhar com a Coreia do Sul, mantendo-se fiel ao espírito que orientou o estabelecimento das relações diplomáticas entre ambos os países, defendendo a boa vizinhança e a amizade, e mantendo o objectivo do benefício mútuo e dos resultados vantajosos para ambas as partes, de modo a promover conjuntamente o desenvolvimento contínuo da parceria de cooperação estratégica China–Coreia do Sul e trazer mais benefícios aos dois povos, afirmou Xi a 4 de Junho, ao felicitar Lee Jae-myung pela sua eleição como Presidente da Coreia do Sul.
Menos de uma semana depois, Xi falou com Lee por telefone, enfatizando a necessidade de manter as relações bilaterais no caminho certo para garantir um crescimento saudável e estável das relações entre a China e a Coreia do Sul.
Kwon Ki-sik, presidente da Associação de Amizade entre Cidades Coreia–China, afirmou que uma relação saudável e estável entre a Coreia do Sul e a China tem implicações que vão além dos laços bilaterais, sendo de grande importância para a paz e a estabilidade regionais, além de fornecer impulso para o desenvolvimento económico da região.
O Acordo de Livre Comércio China–Coreia do Sul entrou oficialmente em vigor em 2015. Em 2024, o volume de comércio bilateral atingiu 328,08 mil milhões de dólares norte-americanos, representando um aumento de 5,6 por cento. A China manteve-se como o maior parceiro comercial da Coreia do Sul por 21 anos consecutivos, enquanto a Coreia do Sul recuperou a posição de segundo maior parceiro comercial da China.
“Um bom vizinho não se troca por ouro”, afirmou Xi certa vez, usando este provérbio para caracterizar as relações da China com os países vizinhos, como a Coreia do Sul. A China tem dado prioridade constante aos países vizinhos na sua agenda diplomática e apela activamente à construção de uma comunidade com um futuro partilhado com esses países.
Hwang Jae-ho, director do Instituto de Estratégia e Cooperação Global, sediado em Seul, observou que a diplomacia de vizinhança da China — baseada na amizade, sinceridade, benefício mútuo e inclusão — demonstra visão estratégica e orienta o desenvolvimento das relações entre os países da região.
Hwang acrescentou que os esforços da China para construir uma comunidade com um futuro partilhado com os países vizinhos têm reforçado a estabilidade e a prosperidade na região Ásia-Pacífico e no mundo em geral.

ENRAIZADA NA ÁSIA-PACÍFICO, PARTILHANDO OPORTUNIDADES COM O MUNDO
“As ramas da batata-doce podem estender-se em todas as direcções, mas todas crescem a partir das suas raízes”, disse certa vez Xi, usando a batata-doce como metáfora para descrever a determinação da China em avançar de mãos dadas.



