A cidade de Maputo, capital de Moçambique, enfrenta uma crise económica sem precedentes, com previsões alarmantes que apontam para uma taxa de desemprego superior a 80% em Janeiro de 2025. Esta situação é atribuída a uma série de manifestações violentas e saques que assolam a cidade nos últimos meses, resultando no encerramento de inúmeros estabelecimentos comerciais e na paralisação de actividades económicas essenciais.
As manifestações, iniciadas em Outubro, foram convocadas por Venâncio Mondlane, candidato presidencial apoiado pelo partido Povo Optimista pelo Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), em protesto contra os resultados eleitorais que deram vitória ao candidato da Frelimo, Daniel Chapo. Estes protestos rapidamente degeneraram em actos de violência, incluindo pilhagens e destruição de propriedades, afectando gravemente o tecido económico da cidade.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, reconheceu a gravidade da situação, afirmando que a acção policial conseguiu conter as manifestações e evitar outras acções de pilhagem na cidade. No entanto, os danos já causados têm um impacto profundo na economia local.
Antes desta crise, a taxa de desemprego na cidade de Maputo já era preocupante, situando-se em 37,1% em 2021. Com o encerramento de empresas e a destruição de infra-estruturas comerciais, estima-se que este número possa mais do que duplicar, ultrapassando os 80% no início de 2025.
A comunidade empresarial local expressa preocupação com a falta de segurança e estabilidade, factores essenciais para o funcionamento normal das actividades económicas. Além disso, a confiança dos investidores estrangeiros tem sido abalada, afectando negativamente a economia da cidade e do país.
As autoridades enfrentam agora o desafio de restaurar a ordem pública e implementar medidas eficazes para revitalizar a economia local. A reconstrução das infra-estruturas danificadas, o apoio às empresas afectadas e a criação de oportunidades de emprego serão cruciais para evitar um colapso económico e social em Maputo.
A situação em Maputo serve como um alerta para a necessidade de estabilidade política e social como pilares fundamentais para o desenvolvimento económico sustentável. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, esperando que Moçambique consiga superar esta crise e retomar o caminho do crescimento e da prosperidade.
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