Apesar do anúncio feito esta quarta-feira, pelo chefe de Estado, Filipe Nyusi, a população da cidade e província de Maputo, com mais incidência para Matola, continua a encarar o coronavírus como uma malária.
O impacto da pandemia nestas zonas sub-urbanas parece não assustar ninguém. Vendedeiras de água, frutas e outros produtos alimentares de forma ambulante, incluindo crianças, circulam pelos lugares com maior aglomeração sem uso da máscara, muito menos trazer consigo desinfectante.
Os números anunciados nos últimos 3 dias perfazendo cerca de 2 mil contaminados com maior incidência em Maputo, não parecem assustar cidadãos destas zonas residenciais e de comércio formal e informal.
A Cidade de Maputo registou cento e setenta e oito (178) casos, correspondendo a 32.8% do total dos casos novos hoje reportados em todo o país, seguida pela Província de Maputo com cento e sessenta e um (161) casos, correspondendo a 29.7%.
Em Moçambique existe, até o momento, um cumulativo de 1.061 pacientes internados, dos quais 150 estão actualmente nos Centros de Internamento de COVID-19 e em outras Unidades Hospitalares (80% destes pacientes encontram-se na Cidade de Maputo). Os pacientes internados padecem de patologias crónicas diversas, sendo que as mais frequentes são a Hipertensão Arterial e as Diabetes.
Nas últimas 24h o país registou seis (6) óbitos em pacientes infectados pelo novo coronavírus, dos quais três (3) óbitos nas províncias de Nampula, Gaza e Maputo e três (3) óbitos na Cidade de Maputo. Trata-se de cinco (5) pacientes do sexo masculino, 35, 62, 70, 71 e 86 anos de idade e um (1) paciente do sexo feminino, de 73 anos de idade. Todos são indivíduos de nacionalidade moçambicana e evoluíram para óbito após o agravamento do seu estado de saúde durante o período de internamento em unidades hospitalares das províncias de Nampula, Gaza, Maputo e na Cidade de Maputo.
Descubra mais sobre Jornal Visão Moçambique
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
Facebook Comments