Massinga: Três semanas sem aulas devido à greve dos professores

As Escolas Secundárias de Muvamba, 28 de Janeiro, Maria da Luz Guebuza e Unguana, no distrito de Massinga, estão sem aulas há três semanas devido à greve dos professores, que exigem do Governo o pagamento das horas extras em atraso.

Por: Rádio Comunitária Kusinga

A dívida, acumulada desde 2022, continua sem solução, apesar das sucessivas reivindicações da classe docente. Além destas escolas secundárias, a paralisação também afecta a ZIP de Muvamba, que abrange várias escolas primárias.

Embora o Governo Central tenha anunciado que há fundos disponíveis para liquidar a dívida, os professores alegam que a situação permanece inalterada. Várias cartas foram enviadas às autoridades, mas até agora não houve qualquer resposta concreta.

Determinados a não retomar as aulas antes do pagamento dos valores devidos, os docentes intensificam a sua pressão sobre as autoridades. Uma fonte revelou à Rádio Kusinga que está em curso a organização de uma manifestação pública para reforçar a exigência do cumprimento das obrigações salariais.

Em Mudauca, a dívida foi paga apenas após uma manifestação dos professores. Há informações de que o pagamento das horas extras tem sido feito prioritariamente em escolas com menor número de docentes, o que pode indicar uma estratégia para justificar publicamente o início da quitação sem, no entanto, resolver a questão na sua totalidade.

O director da Escola Secundária 28 de Janeiro, Casimiro Bambo, confirmou à Rádio Kusinga que recebeu a carta dos professores e a encaminhou ao Serviço Distrital de Educação. Contudo, até ao momento, ainda não obteve qualquer resposta.

Enquanto o Governo Distrital mantém-se em silêncio, centenas de alunos continuam sem aulas, o que compromete seriamente o aproveitamento pedagógico e pode ter impactos negativos no desempenho académico.