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Maputo Cidade

Matola mergulha no caos com paralisação de transportadores semicolectivos

O impacto da paralisação foi imediato e severo. Centenas de cidadãos viram-se forçados a caminhar sob chuva intensa, em busca de alternativas para chegar aos seus destinos. Estudantes foram particularmente afectados, com relatos de atrasos que poderão comprometer o seu desempenho escolar. Muitos apelaram por soluções urgentes, como a introdução de viaturas escolares de emergência.

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Uma paralisação protagonizada pelos semicolectivos de passageiros, vulgarmente conhecidos por chapeiros, paralisou parcialmente a nesta Quinta-feira, lançando a cidade da Matola num cenário de caos.

A acção foi desencadeada por um diferendo entre os transportadores e a concessionária da Estrada Nacional Número 4 (TRAC), relacionado com a cobrança de multas acumuladas pelo não pagamento de durante cerca de três meses.

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Segundo os transportadores, a TRAC está a exigir valores avultados, alegadamente em dívida, incluindo casos em que cada viatura teria acumulado cerca de 13.000 meticais em multas, para além de um pagamento imediato de 140 meticais para a de motoristas detidos na véspera. Os chapeiros contestam a das cobranças, sobretudo no caso de viaturas particulares sem contrato formal com a concessionária, questionando quem deverá assumir tais encargos.

A tentativa de esclarecimento degenerou num ambiente de tensão, com a presença da , cuja intervenção foi vista pelos manifestantes como desnecessária. Estes reclamam que apenas pretendiam dialogar com representantes da portagem, criticando a falta de abertura da TRAC para o .

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O impacto da paralisação foi imediato e severo. Centenas de cidadãos viram-se forçados a caminhar sob chuva intensa, em busca de alternativas para chegar aos seus destinos. Estudantes foram particularmente afectados, com relatos de atrasos que poderão comprometer o seu desempenho escolar. Muitos apelaram por soluções urgentes, como a introdução de viaturas escolares de emergência.

Diante do desespero colectivo, a Unidade de Intervenção Rápida () apelou aos automobilistas particulares para oferecerem boleia solidária aos transeuntes. Apesar da resposta de alguns , o congestionamento persistiu na zona da portagem.

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Motoristas de táxi por aplicativo reportaram perdas avultadas, devido à imobilização prolongada nos engarrafamentos, o que impossibilitou o cumprimento de rotas e entregas. Por outro lado, os mototaxistas beneficiaram da elevada procura, embora tenham manifestado relutância em partilhar os lucros com a TRAC, caso venham a ser cobrados.

O impasse entre transportadores e a concessionária prolongou-se até ao final do dia, expondo a fragilidade do sistema de cobrança de portagens e a urgência de mecanismos transparentes de diálogo e resolução de conflitos.

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