O MDM diz que está aberto a fazer uma coligação com os outros partidos da oposição para fazer face às próximas eleições. Em conferência de imprensa dada esta sexta-feira, o MDM questionou a transparência na gestão das receitas provenientes da exportação de gás sem a existência do Fundo Soberano.
O Movimento Democrático de Moçambique convocou a imprensa, esta sexta-feira, para falar de vários assuntos que dizem respeito ao país e ao futuro do partido.
Aos meios de comunicação social, o presidente do MDM revelou que a formação política que dirige está aberta a coligações, mas tudo depende de conversações.
“E essa discussão tem que ser franca, honesta e objectiva. Nessa discussão, temos que ter o mesmo foco. O MDM jamais fará oposição à oposição. Nós temos a clareza dos nossos objectivos e do alvo político que queremos atingir”, esclareceu Lutero Simango, presidente do Movimento Democrático de Moçambique.
O partido do “galo” reagiu também à entrada de Moçambique na lista dos exportadores de gás natural. Lutero Simango questiona a transparência na gestão das receitas.
“Nós ainda não temos o Fundo Soberano criado. Não sabemos como é que vão ser geridas as receitas a médio e longo prazo, não temos acesso aos contratos. A continuar assim, não havendo transparência, vamos alimentar, mais uma vez, o grupo dos corruptos e a teia da corrupção que tende a capturar o nosso Estado”, criticou o presidente do MDM.
O MDM mostrou-se igualmente preocupado com o custo de vida e voltou a defender a redução de impostos. “Nós, do MDM, queremos que se reduzam certos impostos, incluindo as taxas de energia e água, para permitir que as famílias consigam enfrentar a vida e satisfazer as suas necessidades básicas”, sugeriu.
A perseguição à oposição pelo partido no poder com recurso aos meios do Estado, segundo Simango, é outro ponto que preocupa o MDM e poderá agravar a intolerância política no país.
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