O Ministro da Agricultura, Ambiente e Pescas (MAAP), Roberto Mito Albino, apelou esta quinta-feira (09), em Maputo, aos parceiros de cooperação internacional para reforçarem o alinhamento com a nova visão e estratégia do Governo no desenvolvimento do sector agrário, considerada central para a segurança alimentar e o crescimento económico sustentável do país.
O governante falava durante o encerramento da primeira Reunião do Comité de Coordenação do Sector Agrário (CCSA), onde apresentou as prioridades estratégicas e as linhas de abordagem do MAAP para o novo ciclo de governação.
Segundo Roberto Albino, o objectivo passa por harmonizar as diferentes intervenções dos parceiros de cooperação com os programas e projectos públicos em curso, evitando a dispersão e o desperdício de recursos, que historicamente têm limitado o impacto das iniciativas no terreno.
“Precisamos de um alinhamento real e funcional, que fortaleça a capacidade do Governo e promova parcerias com o sector privado nacional. A assistência técnica e o financiamento devem responder à nossa agenda de desenvolvimento e não o contrário”, defendeu o ministro.
O titular do MAAP destacou ainda a necessidade de melhorar a gestão dos fundos de desenvolvimento, garantindo que maior parte dos recursos seja canalizada para a implementação no terreno, enquanto apenas uma pequena percentagem se destina a custos administrativos e honorários de consultores.
“Queremos garantir que os técnicos do Estado, principalmente nos distritos, tenham condições adequadas para desempenhar o seu papel. É no campo que se faz o verdadeiro desenvolvimento agrário”, enfatizou.
O ministro anunciou também a digitalização de vários processos do sector, com o propósito de assegurar maior transparência, acesso à informação credível e controlo eficiente dos mecanismos de financiamento, além de uma monitoria mais rigorosa dos progressos registados.
A nova estratégia governamental coloca a produção alimentar da cesta básica no centro das prioridades nacionais, promovendo a abordagem de “agricultura como negócio”, orientada para o mercado, a competitividade e a autossuficiência alimentar.
“O nosso foco é simples, mas ambicioso: queremos um sector agrário capaz de alimentar Moçambique e gerar prosperidade sustentável para os moçambicanos”, concluiu Roberto Albino.
