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Decorreu esta segunda-feira, em Maputo, a abertura do Congresso Mundo das Mulheres, o evento congrega mais de duas mil mulheres da área científica e dos movimentos sociais, activistas de todo o mundo.
Moçambique é o segundo país africano a acolher este Congresso, depois do Uganda, que o fez há 20 anos. O evento que se dedica na promoção de defesa dos direitos da mulher e da rapariga termina a 23 de Setembro.
Trata-se de um evento que reúne a diversidade de mulheres, para reflectir sobre o tema “Feminismos Africanos Construindo Alternativas para as mulheres e para o mundo através de um corredor de saberes que cuida e resiste”.
O congresso visa partilhar conhecimentos, experiências, a partir de diferentes cenários e perspectivas, que permitem a percepção dos desafios e identificação de alternativas que contribuam para a o desenvolvimento, empoderamento económico e sustentável da mulher.
Mundos de Mulheres põe em diálogo a academia, os movimentos sociais e a cultura. Rafa Machava, Presidente do Fórum Mulher e representante de todos os movimentos sociais, explicou que, com o evento projecta-se a partilha do saber fazer, dizer, contar em termos orais e a científicos, a escrita e testemunho da luta das mulheres e suas conquistas, passando o legado para as próximas gerações.
Este 14º Congresso visa reunir todas as mulheres da academia e da ciência, para partilha do saber, experiências, e a parte académica vai documentar o que vai acontecer. Nós dos movimentos trazemos as nossas experiências, nossas lutas, como nos organizamos como mulher no dia-a-dia. Vamos juntar isso com a parte da investigação académica que vai colher de nós muitas experiências e ouvir o que os académicos trazem sobre o passado e presente das mulheres, disse a presidente do Fórum.
Segundo o Vice-Ministro do Género, Criança e Acção Social, Lucas Mangrasse um dos grandes desafios para a participação da mulher nas diferentes áreas em Moçambique, África e no Mundo é a sua formação nas diferentes áreas de saber para que tenham a capacidade de libertar ideias inovadoras e empreendedoras, assim como aceder ao mercado que é cada vez mais exigente, a convergência de diferentes sensibilidades nos debates deste congresso constitui mais valia na medida em que só a conjugação de esforços e a partilha de diferentes perspectivas pode trazer soluções mais acertadas para os problemas que afectam a mulher no mundo, contribuindo para a redução da violência baseada no género, maior acesso das mulheres aos serviços e aos recursos produtivos.
Há pelo menos 400 comunicações orais que serão partilhadas, através de mesas redondas, com diversos temas, como o colonialismo, luta contra o patriarcado, mulheres em espaços de tomada de decisão, mulheres e emprego.
Este é o culminar de uma caminhada que iniciou em 2019, envolvendo várias sensibilidades, mas foi afectada pela pandemia da covid-19 e outros factores. É de frisar que o Congresso é realizado cada cinco anos e uma vez a cada país, e Moçambique é o primeiro de expressão portuguesa que recebe o evento.
São parte da organização deste grande evento o Fórum Mulher, a Universidade Eduardo Mondlane e a Universidade Pedagogica.
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