Na COOPTRAB: Associados negam regresso de Juma Aly à presidência

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Depois de o Jornal Visão Moçambique ter trazido a púbico, o escândalo de usurpação de cargo na Cooperativa dos transportadores do corredor 2 – Boane, onde o presidente em exercício foi destituído coercivamente por motivos não claros até então, aquela agremiação nomeou um novo timoneiro numa assembleia extraordinária realizada a 25 de Novembro último. A assembleia não tinha como agenda a eleição de um novo presidente, pois o processo ainda corre em tribunais.

Ao que tudo indica segundo documentos em nossa posse, Juma Aly e outros membros foram surpreendidos com as eleições gerais para o novo dirigente da COOPTRAB.

Neste momento Titos Melo está como presidente da cooperativa após a eleição pela maioria mas que alguns membros num universo de 11 contestam a sua eleição assumindo que o processo ainda está nas mãos do juiz, pelo que é ilegal e não deve ser assumido como legítimo. Em contrapartida, o jornal Visão Moçambique sabe que Titos Melo aponta Juma Aly como o único culpado neste processo, pois este segundo Melo traiu a confiança dos membros que não o elegeram e sim o indicaram para o cargo e desta forma os mesmos decidiram removê-lo por não haver mais confiança.

A confusão que se instalou na cooperativa dos transportadores de Boane, foi inicialmente apontada para a questão da retirada de autocarros de uma parte do grupo de 11 membros daquela agremiação e foram alocados ao Presidente em exercício Juma Aly. A atitude não agradou aos outros membros da Cooperativa, o que lhes obrigou a afastá-lo compulsivamente, sem no entanto observarem os estatutos da organização, ao que este recorreu ao tribunal para a mediação do conflito.

Segundo o actual presidente eleito a 25 de Novembro último, o problema da retirada dos autocarros não foi condicionado pela falta de pagamento da letra e sim do problema da bilhética o vulgo FAMBA da Agência Metropolitana de Maputo.

“Não foi por falta de pagamento das letras da última frota de 100 autocarros entregues pelo Governo e sim da bilhética (FAMBA) que mais tarde veio se perceber que o problema é do próprio sistema do que propriamente do gestor e até hoje temos estes problemas”, explica Melo.

Melo acrescentou que o que lhes “chateou” é ter-se retirado dois autocarros a dois membros que estão a operar no corredor 2 há mais de 25 anos e se alocado a apenas Juma Aly. No entender do nosso interlocutor os dois autocarros não deviam ter sido retirados daqueles operadores ou devessem ser alocados a cooperativa para fazer o trabalho e continuarem a contribuir na manutenção das instalações daquela organização dos transportadores do corredor 2.

“Neste momento estamos a viver juntos, mas temos este problema. Por mim, é um problema que pode ser ultrapassado. Pedimos ao Presidente Juma Aly para retirar o processo no tribunal para lhe devolvermos a presidência da cooperativa, mas o que parece é que ele não está interessado”, esclarece Melo.

Titos vai mais longe ao afirmar que mesmo que existam processos a correr nos tribunais a cooperativa não vai parar.

Por seu turno o presidente da COOTRAC Rodrigues Tsucane, reagindo ao problema que está  a acontecer na cooperativa do Corredor 2, negou seu envolvimento apontando haver necessidade se as águas, pois não pode se pronuncia dos  problemas de outras pessoas atendendo que faz parte daquela cooperativa dos transportadores. “Não conheço os problemas internos  da cooperativa por isso  não sei nada deste assunto. O que eu sei é que fui convidado pela FEMATRO, para ser presidente da Comissão Eleitoral para dirigir assembleia extraordinário  da cooperativa”, explana Tsucane.

À entrevista que não dura mais de 10 minutos, Rodrigues Tsucane, disse que no seu entender os membros  da cooperativa ao ver uma falha nos associados a prior devem encontrar meios de resolução ao invés de envolver instâncias judiciais.

Ademais Tsucane apontou que não foi à cooperativa para resolver assuntos internos mas o objectivo final era dirigir a assembleia extraordinária como membro da FEMATRO

Sobre uma acta assinada e com ausência do presidente ora deposto e que legitima Titos Mali para o cargo, Tsucane diz que, a acta não é um documento que legitima um presidente mas acta desempenha sempre um papel quando as pessoas a assinam e reconhecem.

A eleição segundo Tsucane foi limpa pois, Titos Melo foi eleito pela maioria dos membros(10 votos) num total de 11.

Depois desta versão do Presidente da COOTRAC, o Jornal Visão Moçambique procurou novamente ouvir Juma Aly, o centro das atenções neste problema que promete fazer cair muita tinta.

Juma Aly já na entrevista ao Visão Moçambique, revelou que na acta que recebeu não constava a informação de que se tratava de eleições gerais, apontando que foi tudo uma surpresa. O Jornal Visão Moçambique buscou pela edição com a acta publicada e confirma-se a versão deste sobre a realização das eleições gerais naquela cooperativa.

Aliás pelo que o anúncio do Jornal Notícias mostra a agenda da assembleia extraordinária que teve lugar a 25 de Novembro último versava sobre a análise do cumprimento das decisões e recomendações da última assembleia geral extraordinária da COOPTRAB, realizada a 23 de Julho de 2021, sobre a devolução dos autocarros e análise do comportamento do presidente da cooperativa, frisando-se que à data da convocatória existiam na cooperativa 11 membros mas que o nome de Juma Aly, não consta.

Leia a edição completa: Edição 149 de 24 de Dezembro

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