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CAPA

Nini Satar: O fim de uma Era marcada por controvérsias e crimes

Momade Assife Abdul Satar, vulgarmente conhecido como Nini Satar, figura central em alguns dos episódios mais polémicos da história recente de Moçambique, faleceu na madrugada de 28 de Março de 2025, na sua cela no Estabelecimento Penitenciário de Máxima Segurança da Machava, popularmente designado por “BO”.​

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Momade Assife Abdul Satar, vulgarmente conhecido como Nini Satar, figura central em alguns dos episódios mais polémicos da história recente de , faleceu na madrugada de 28 de Março de , na sua cela no Estabelecimento Penitenciário de Máxima Segurança da Machava, popularmente designado por “BO”.​

A notícia da sua foi confirmada pelo Serviço Nacional Penitenciário (SERNAP), que revelou que Satar foi encontrado inanimado durante a inspecção matinal das celas. Relatórios preliminares sugerem que o recluso sofreu convulsões fatais, possivelmente relacionadas com sequelas de uma infecção grave por COVID-19 que anteriormente o levou à hospitalização. Contudo, a causa exacta do óbito será determinada após a realização de uma autópsia minuciosa.​

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Nini Satar cumpria uma pena de 24 anos de reclusão pelo seu envolvimento no assassinato do jornalista investigativo Carlos Cardoso, em 2000, um que chocou a nação e destacou as complexas teias de corrupção no . Além disso, Satar esteve implicado no desfalque de 14 milhões de no extinto Banco Comercial de Moçambique (BCM) durante a década de 1990. Em 2014, beneficiou de liberdade condicional por suposto bom comportamento, mas violou as condições impostas ao fugir para a Índia em 2015. A sua evasão culminou na captura na Tailândia em 2018, onde foi detido na de um passaporte falsificado, e posteriormente extraditado para Moçambique.​

A sua trajectória penitenciária foi marcada por episódios controversos. Em 2022, sobreviveu a uma tentativa de assassinato dentro da própria penitenciária, evento que resultou na detenção de dois agentes da , acusados de envolvimento na conspiração. Adicionalmente, investigações apontaram para a sua alegada participação na orquestração de uma rede de raptos que operava tanto em Moçambique como na do Sul, visando empresários de destaque para obtenção de avultados resgates.​

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A encerra um capítulo tumultuoso na história criminal moçambicana, deixando um legado controverso que continuará a ser objecto de análise e debate nos círculos judiciais e académicos do país.

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